A LUTA DOS PAIS

Publicado por Marisa Antunes

Recentemente tive a oportunidade de entrevistar o psicólogo Abel Matos Santos que durante anos integrou a equipa do psiquiatra Daniel Sampaio no Hospital Santa Maria no acompanhamento de pessoas em questionamento identitário. Até 2018, o processo era complexo e envolvia duas equipas médicas multidisciplinares em hospitais diferentes que não podiam cruzar qualquer informação sobre o paciente durante um período de ano e meio, dois anos. Durante esse tempo, tentava-se perceber as origens do profundo desconforto corporal que o/a paciente sentia. Múltiplas questões eram colocadas nesse período enquanto se tentava gerir o estado de ansiedade dos pacientes inerente a estes processos. A incongruência de género surgiu logo na infância ou já na adolescência? Sofreu traumas, abusos sexuais, tem autismo, poderá sentir homofobia internalizada, pode estar submerso/a em movimentos que promovam o contágio social, etc, etc? Enfim… Variáveis que só os médicos decentes que trabalham nesta área sabem e que são fundamentais para dar ou não “luz verde” a um processo de transição de sexo que acarreta risco de morte dadas as elevadas taxas de suicídio que bem se conhecem
Depois, aconteceu o governo PS e a lei da autodeterminação de género que trouxe consigo a ‘novidade’ da identidade de género e do mantra ‘pensa, logo és do género que te apetecer”… Pessoas como o psicólogo Abel Matos Santos foram perseguidas e afastadas desses pacientes. Os jovens são devidamente “aconselhados” (de forma discreta ou nem por isso) pelas organizações LGBT para irem ao médico “X” ou “Y” e fugirem a sete-pés daqueles que não alinham (ou alinhavam) no ‘script’ ideológico que os miúdos aprendiam na Net e debitavam quando chegavam aos consultórios… Ainda permanece esse “alerta” em documentação da Rede ex-Aequo, por ex, como se pode ver por aqui onde “zelosamente” a ex-Aequo avisa que há “vários relatos de transfobia” em relação ao Santa Maria

Hoje em dia, é preciso sublinhar, deixou de existir um diagnóstico médico fiável ou credível. Porque a “pessoa sabe quem é”, a pessoa “autodeterminou-se”, logo, deve seguir rapidamente para tratamento hormonal e passado algum tempo para cirurgias. É exatamente isto que está a acontecer aos filhos dos Pais que criaram o movimento JeT- Juventude em desTransição, integrado no poderoso chapéu da Genspect, uma organização internacional que defende o tratamento destes jovens, numa base científica e não ideológica. A boa notícia é que o Jet passou a fazer parte de uma plataforma que tem acesso a profissionais de saúde que partilham o compromisso ético no tratamento de crianças e jovens e às boas práticas de medicina de género preconizadas pelo Cass Report. Sem ideologias, sem pressões dos lobbies LGBT e Big Pharma. Tal como já começa a acontecer no Brasil, no UK, na Suécia, nos EUA, e em muitos outros países.

Como deve ser (abra o guia “Proteção da puberdade no desenvolvimento do adolescente” e faça download).