Em um universo paralelo ao que conhecemos, em um Reino distante e ao mesmo tempo perto, são criados filhos especiais do Rei. O Rei, que é dono de todos os universos, de todo espaço e de todo tempo, criou também criaturas, natureza, animais, e sua obra mais amada, o Rei criou filhos, semelhantes a Ele.
O Rei criou toda a estrutura, todas as leis que devem ser respeitadas para o melhor desenvolvimento dos planetas, dos animais, das flores, dos frutos, das águas, de todo o ambiente. O Rei criou um jardim especial para seus filhos, com as melhores criações ao dispor, com contato direto e uma paz inexplicável.
O Rei chama esses filhos à existência, pois, a Palavra dita emite as vibrações necessárias para criar materialmente o Ele falou. Todos os elementos químicos e as leis da física obedecem a essa voz, desde antes até o infinito. E trabalham para cumprir a cada milésimo de segundo, tudo que Ele declara.
Acontece que nos diferentes espaços-tempo a percepção do tempo se adequa e muitas vezes aqueles que esperam não entendem o processo de formação de realidade. Ouvem a voz e não compreendem que leva tempo para que a realidade de um espaço-tempo entre em outro.
Como acontece com o surgimento desses filhos no jardim. O Rei cria com Sua voz e com um sopro de vida enche aquela formação com alma e espírito. O filho fica em torno de 9 meses saindo de uma realidade para entrar em outra. O choque de sair da verdadeira realidade para enfrentar os desafios de um jardim que foi quebrado faz chorar. A ruptura do nascimento é mais forte do que a da morte.
Pior ainda é quando os filhos praticam atos para intervir na entrada e na saída desses espaços-tempo. Quando esse filho em processo de entrada em outro espaço, carregando missões e planos que só cabiam a ele cumprir, sofre com a morte provocada. Enquanto estava no processo de nove meses para existir em outro espaço-tempo e tem a vida ceifada e os planos descartados, como se nada fossem.
A ideia de destruir uma vida, seja ela qual for, tendo o tempo que tiver, independentemente do lugar em que se encontre, é extremamente destruidora.
O egoísmo fruto da escolha pelo orgulho transforma percepções, mas não transforma a Verdade, que continua sendo a mesma, ainda que a pretendam relativizar.
Quem desconhece as leis que regem o universo, acredita que poderá fazer o que bem entende, a ignorância não é uma bênção, o conhecimento da verdade sim. E liberta. Liberta porque ensina que há limites, ensina como tudo funciona. Um mundo no qual tudo parece permitido, as consequências são incalculáveis. O caminho “mais fácil” normalmente não é o melhor. Princípios vitais quebrados destroem vidas, e mesmo que pareça óbvio, muita gente ignora. Por conveniência, por ignorância, por orgulho, por interesse. As consequências desconhecidas voltam-se justamente para quem praticou o ato por influência e com decisão própria. As consequências surgem sem dizer de onde vieram. Mas todo mundo colhe o que planta.