Académicos manifestam-se contra o sufocamento do debate
5 de junho de 2021, WASHINGTON DC
No momento em que o governo português impõe a ideologia de género à sociedade portuguesa, nomeadamente à Escola e ás Universidades – formatando a mente de crianças, adolescentes e jovens – as universidades do Reino Unido começam a voltar atrás.
Sem dúvida, andamos sempre atrasados, abraçamos erros gravíssimos a reboque de outros países, e, teimosos, não recuamos quando esses países percebem o erro cometido e tentam remediar o mal feito.
Vamos à notícia:
HORAS ANTES de Jo Phoenix, professora de criminologia da Universidade Aberta da Grã-Bretanha, dar uma palestra na Essex University, no leste da Inglaterra, sobre colocar mulheres transgéneros em prisões femininas, estudantes ameaçaram barricar o corredor.
Eles reclamavam que a Sra. Phoenix era uma “transfóbica” que provavelmente proferiria “discurso de ódio”. Circulava um panfleto com a imagem de uma arma e um texto dizendo: “cale a boca, TERF” [feminista radical transexclusiva], uma calúnia. A universidade disse à Sra. Phoenix que ia adiar o evento. Em seguida, o departamento de sociologia pediu-lhe uma cópia da sua palestra. Dias depois, disse-lhe que havia decidido pela rescisão do convite e que ela não faria mais nada.
A Sra. Phoenix diz que ficou “absolutamente furiosa e profundamente chateada” com os danos causados à sua reputação e à liberdade académica.
O vice-reitor da Universidade de Essex pediu a Akua Reindorf, um advogado especializado em direito do trabalho e discriminação, que investigasse. Dezoito meses depois, em meados de Maio, a universidade publicou o relatório de Reindorf no seu site. Ele disse que Essex infringiu o direito da Sra. Phoenix à liberdade de expressão e que a sua decisão de “excluí-la e colocá-la na lista negra” também era ilegal. Aconselhou a universidade a pedir desculpas à Sra. Phoenix e a Rosa Freedman, professora de direito na Reading University, a quem também havia excluído de um evento durante a Semana em Memória do Holocausto “por causa das suas opiniões sobre identidade de género”. (Por fim, Essex permitiu que a Sra. Freedman comparecesse.)
O relatório de Reindorf representa um desafio ao dogma transgénero que se originou nas universidades americanas e se espalhou por universidades de todo o mundo de língua inglesa. Os seus proponentes sustentam que a identidade de género – o sentimento de que alguém é homem ou mulher – é tão importante quanto o sexo biológico e que as pessoas trans devem, em todas as circunstâncias, ser consideradas como o género com o qual se identificam. Isso tem influenciado cada vez mais os formuladores de políticas: vários locais permitem que mulheres trans [homens biológicos) entrem em espaços que antes eram reservados a mulheres, de equipas desportivas a prisões e abrigos para vítimas de violência doméstica.
O ponto de vista oposto, que muitas vezes é descrito como “crítico em relação ao género”, considerado o modelo de pensamento dominante, argumenta que, sendo o sexo biológico imutável, mesmo com hormonas, cirurgia ou qualquer outra forma de tratamento, a convicção de que se nasceu no corpo errado não deve ser [imposta como científica]. Os críticos da teoria do género argumentam que as diferenças biológicas entre os sexos tornam necessária a oferta contínua de espaços exclusivos para mulheres. Activistas trans dizem que as mulheres trans também deveriam ter acesso a esses lugares.
A ênfase que as chamadas mulheres críticas de género colocam no que elas descrevem como ameaças às mulheres ignora o facto de que as mulheres trans são esmagadoramente ameaçadas em espaços unissexuais,
diz Lisa Miracchi, professora assistente da Universidade de Pensilvânia, que assinou cartas abertas desaprovando feministas críticas de género.
Prossegue no próximo post