Quando não há amor…

                                                           


Falar de família, remete a amor. A família foi criada para ser um lar seguro, um lugar em que as emoções são protegidas, laços são gerados e valores firmados.
Ocorre que muitas e muitas vezes, as maiores feridas serão feitas nesse contexto. De casos graves que chegam a ser crimes a pequenas discussões e distanciamentos, o contexto familiar poderá causar graves feridas na alma.
E uma pergunta que fica é essa. E quando não há amor, o que se deve fazer?
O primeiro passo é o perdão.
Perdoar não pressupõe vontade de o fazer, vontade emocional de apagar da alma a ferida feita por outra pessoa. Perdoar é baseado em uma decisão consciente, em uma busca de se ver livre do mal feito por outrem.
Perdoar é decisão de não dar espaço para uma dor. Decisão de limpar o próprio coração.
O segundo passo é não carregar o peso da rejeição.
Entender que nem todas as pessoas vão gostar de nós ou nos amar, e isso faz parte da vida. Não é pessoal. E, às vezes, a própria admiração causa um distanciamento. Em regra, o problema é sempre da pessoa com ela mesma e possivelmente a rejeição nasce de algo que ela vê refletido em outra.
O terceiro passo é aceitar as lições que surgem de situações como essas, compreender as verdades que estão além e também usar de tudo isso para ajudar outras pessoas.
Sempre há propósito em tudo, até mesmo na dor e no que parece injustiça. Descobrir esse propósito exige de nós humildade e sabedoria, exige vontade de evoluir, de crescer, de ser melhor e também de ajudar outras pessoas a compreender que as feridas são feitas por pessoas feridas, o perdão, a compreensão, a libertação nos permitem concluir que quando não há amor, caberá a nós ser o amor que queremos ver.