
O argumento científico dos construtores sociais radicais é o de que, existe o sexo biológico, a identidade de género, a expressão de género e a tendência sexual e que estes 4 elementos variam independentemente.
Isto não é verdade e está errado.
A correlação entre sexo biológico e identidade de género exede 0.99 ou seja, é virtualmente perfeita, é a própria definição de não independência.
Praticamente todas as pessoas que são biologicamente homens, por exemplo, identificam-se como biologicamente homens, praticamente todas as pessoas que se identificam como biologicamente homens vestem-se e comportam-se como homens biologicamente homens, isto é o elemento de identidade do género. Todas as pessoas que são biologicamente homens, que se comportam como homens, que se vestem como homens, são na verdade heterossexuais. Estas coisas estão de facto incrivelmente associadas mas o argumento dos defensores de que estes elementos de análise variam independentemente uns dos outros, afirmam exactamente o contrário o que não é nem um pouco melhor do que afirmar que o mundo é plano.
Argumentam que as variações são independentes porque são resultado de variações culturais o que não faz sentido.
O que podemos dizer é que se retirarmos todas as dimensões em que homens e mulheres variam, há uma sobreposição substancial em todas as dimensões, excepto no caso da identidade de cromossoma embora com algumas excepções, mesmo na personalidade, por exemplo, onde há uma diferença marcante entre homens e mulheres a sobreposição excede as diferenças. Por causa disso, podemos confundir a questão e afirmar que as mulheres são mais carinhosas devido a uma construção social cultural mas acontece que não, porque se olharmos para diferentes culturas e em particular naquelas de países nórdicos que mais avançaram a níveis políticos e sociais, em igualdade de género as diferenças de personalidade entre homens e mulheres, maximizaram-se.
Isto não são conclusões de pequenos estudos, mas sim de estudos feitos com milhares de pessoas e replicados por diferentes investigadores independentes.
Se detectamos as diferenças de personalidade entre homens e mulheres em quase todos os traços de personalidade, podemos distinguir sem receio homens de mulheres e isto sem sequer levar em conta coisas óbvias como diferenças físicas, por exemplo, onde ângulos entre braços e ombros são diferentes, largura do tronco, peso corporal, diferenças bioquímicas etc.,etc.
A razão de quererem impor a sua visão através de legislação prova que o argumento não é cientificamente sustentável.
Assim estamos perante a tentativa de legislar no sentido de proteger minorias que tem precisamente o efeito contrário, senão, onde fica a discussão da homossexualidade? Se a homossexualidade não é mais do que uma construção social, porque temos que levar com isso? O que constitui um argumento perfeitamente válido.
Transcrição de discurso de Jordan Peterson
Paulo Almeida, pai e associado da AFC