
Brian Wagoner falou no programa “Tucker Carlson Tonight”, da Fox News
TRANSCRIÇÃO
Tucker — Brian Wagoner estava nos seus vinte e poucos anos quando, como tantos homens jovens, a sua vida descarrilou. Era viciado em drogas, estava deprimido, também assistia a muita pornografia. A pornografia deu-lhe a ideia de que ele podia ser de facto uma mulher.
Por isso, ele consultou médicos, que muito rapidamente o colocaram em estrogénio e isso piorou muito os seus problemas. Brian Wagoner já não acredita no que os seus médicos lhe disseram, não se identifica como mulher e está de volta ao que nasceu, um homem, e junta-se a nós para nos explicar aquilo por que passou.
Brian, muito obrigado por vir aqui esta noite. Podia sumarizar a sua experiência? Tenho a certeza de que isto é uma conversa de 3h, mas se pudesse sumarizar a experiência extraordinária que teve, como a descrevia?
Brian — Bem, muito obrigado por me receber, Tucker. Tal como disse, quando era um homem jovem, quando estava na faculdade, há cerca de uma década atrás, era extremamente alienado, tinha um problema com drogas, maioritariamente metanfetaminas e outras drogas usadas em festas. Entrei na toca do coelho bizarra de pornografia on-line e desenvolvi um fetiche sexual. É muito constrangedor de dizer, mas é a verdade.
Tucker — Está tudo bem.
Brian — E fui ver uma terapeuta especialista em assuntos relacionados com sexo e ela disse-me que eu era, na verdade, uma mulher. E que eu e ela tínhamos o mesmo cérebro e que, basicamente, todos os meus problemas na vida eram devido ao facto de eu ser na verdade uma mulher no corpo de um homem. Mesmo tendo eu um problema com drogas severo, transtorno de humor e outros problemas. Eu tinha uma aparência péssima quando fui ver esta mulher: estava abaixo do peso, estava gravemente paranóico devido ao uso de metanfetaminas e nada disso teve importância. Era tudo sobre eu ir a uma clínica para me prescreverem estrogénio e medicamentos para prevenir o meu corpo de produzir testosterona, o que tomei durante muitos anos e todos os meus problemas pioraram. Não me ajudou, apenas adicionou novos problemas. E eu sinto que a terapeuta que eu consultei era uma ativista, que por coincidência era terapeuta também.
E aqui na Califórnia não há nada que proteja as pessoas disto. Agora é ainda mais louco, para ser franco. Uma pessoa pode apenas ir a uma destas clínicas de consentimento informado, já nem sequer é preciso uma carta de um terapeuta. É completamente liderado pelo paciente, é a única forma de medicina que é liderada pelo paciente.
Por isso eu defendo melhores salvaguardas e avaliações de alta qualidade porque eu quero ajudar toda a gente, quer tu sejas detransicionado ou transgénero. Eu quero que toda a gente tenha um bom serviço de saúde e quero que toda a gente esteja protegida. Tal como é agora, depois de detransicionar, sinto que fui um dano colateral de um movimento ao qual nem sequer pertenço. Eles ignoram-me e nem sequer querem ouvir estas histórias, mas a minha história é real, a minha dor é real, é uma coisa real. Mas dou graças a Deus todos os dias porque não fiz nenhuma cirurgia plástica. Tomei hormonas e isso deu cabo de mim, tive os meus pelos faciais removidos mas creio que conseguirei recuperar disso.
E a forma como descrevo isto, Tucker, é: sinto que assim que fiquei sóbrio comecei a sofrer realmente de disforia de género quando as pessoas me tratavam como uma mulher, o que não me acontecia antes. Foi como deixar a Twilight Zone (NT: referência a uma série norte americana, repleta de situações consideradas inacreditáveis e para lá dos padrões da normalidade ou da realidade). Os melhores episódios da Twilight Zone é quando o protagonista deixa a Twilight Zone, mas todas as outras pessoas ainda lá ficaram.
Sinto que fui prejudicado com isto e desejo que mais ninguém experiencie o que eu vivi. Sai da Twilight Zone e sou um homem muito feliz, com sucesso. E só espero que a minha experiência ajude outras pessoas.
Tucker — É uma das histórias mais tristes que ouvi em muito tempo. Não tenho nada a acrescentar, a não ser: conta a tua história a muitas pessoas, espero que muitas pessoas a ouçam. Acredito que falas por muitos e agradeço-te estares disposto a contar-nos a tua história.
Tradução: Maria Azevedo (associada)
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