Releia o parágrafo final do post anterior. [https://familiaconservadora.pt/2020/10/01/siecus-o-alvo-sao-os-seus-filhos/]

Esta táctica é usada para atingir o objectivo último (centros contraceptivos em todas as escolas) e os objectivos intermédios: educação sexual SIECUS. O resultado disto tudo é que dos 40 milhões de estudantes que nos EUA frequentam os primeiros três graus de ensino, 1,5 milhões aprendem e estudam em casa, ou seja, não vão à escola, uma vez que os pais perderam toda a confiança em escolas que ministram uma educação sexual deste tipo. (Isto é conhecido pelo movimento Home Based Schools em oposição às School Based Clinics promovidas pela SIECUS).

Em Outubro de 1991 foi publicado o trabalho de uma task force (composta por vinte especialistas da SIECUS) chamada Guidelines for Comprehensive Sexual Education: K-12”.[1] O documento tem 700 pontos que vão desde factos certos até rematadas falsidades, passando por meias-verdades e contradições.

1. Talvez o ponto mais recorrente do texto seja insistir na ideia de que todas as relações sexuais devem ser aceites. Para crianças dos 5-8 anos ensina-se que “a family consists of two or more people who care for each other in many ways” (p.17). Para crianças dos 12-15 anos: Two people who cohabit can have the same commitment and responsibility toward one another as married people (p.22); Homosexual love relationships can be as fulfilling as heterosexual relationships (p. 15); Gay men and lesbian women can establish lifelong committed relationships (p. 15). [uma família é composta por duas ou mais pessoas que se cuidam de várias maneiras ”(p.17). Para crianças dos 12-15 anos: Duas pessoas que coabitam podem ter o mesmo compromisso e responsabilidade uma com a outra que as pessoas casadas (p.22); Os relacionamentos amorosos homossexuais podem ser tão gratificantes quanto os relacionamentos heterossexuais (p. 15); Homens gays e mulheres lésbicas podem estabelecer relacionamentos de compromisso para a vida toda (p. 15).]
2. O segundo ponto crucial é a ideia de que o sexo é para o prazer. Both girls and boys have body parts that feel good when touched” (p. 11, 5-8 anos). Sexual intercourse provides sexual pleasure (p. 12, 9-12 anos). There are ways to have genital intercourse without causing pregnancy (p. 12, 9-12 anos). [Tanto meninas quanto meninos têm partes do corpo que se sentem bem quando tocadas ”(p. 11, 5-8 anos). A relação sexual proporciona prazer sexual (p. 12, 9-12 anos). Existem maneiras de ter relações genitais sem causar gravidez (p. 12, 9-12 anos).
3. A ética de situação criada por Joseph Fltecher é outro ponto crucial do texto. “Values should be freely chosen after the alternatives and their consequences are evaluated” (p. 25, 12-15 anos)[2]. Express one’s sexuality in ways congruent with one’s values (p. 31). [“Os valores devem ser escolhidos livremente após uma avaliação das alternativas e suas consequências” (p. 25, 12-15 anos) [2]. Expresse a sexualidade de uma forma congruente com os seus valores (p. 31).]
4. A homossexualidade é outro prato forte. Naturalmente começa pelo dogma fundamental: People do not choose their sexual orientation (p. 15, 12-15 anos). Contudo, logo a seguir vem: one’s sexual orientation may change during life (p. 16, 15-18 anos).[3] Portanto, the telephone number of the gay and lesbian switchboard is…(p. 16, 15-18 anos). [As pessoas não escolhem a sua orientação sexual (p. 15, 12-15 anos). Contudo, logo a seguir vem: a orientação sexual de uma pessoa pode mudar durante a vida (p. 16, 15-18 anos). [3] Portanto, o número de telefone da mesa telefónica para gays e lésbicas é … (p. 16, 15-18 anos).]
5. A masturbação deve começar aos 5-8 anos. Para as idades 12-15 temos que: Masturbation, either alone or with a partner, is one way a person can enjoy and express their sexuality without risking pregnancy or an STD/HIV (p. 33). [A masturbação, a sós ou com um parceiro, é uma maneira pela qual uma pessoa pode desfrutar e expressar a sua sexualidade sem correr o risco de engravidar ou contrair uma DST / HIV (p. 33). Segundo Reisman & Eichel, autores do Kinsey, Sex and Fraud, a promoção da masturbação (sobretudo em grupo) pode levar à homossexualidade e para isso tem sido promovida pelo Kinsey Institute e pela SIECUS.
6. Nos pontos sobre abstinência, esta é apresentada como ausência de penetração vaginal. There are many ways to give and receive sexual pleasure and not have intercourse (p. 34, 12-15 anos). [Existem muitas maneiras de dar e receber prazer sexual e não ter relações sexuais (p. 34, 12-15 anos)] Sob o título genérico de “Marriage and Lifetime Commitments” apresentam-se 34 conceitos dos quais 12 incluem a palavra divórcio. Naturalmente, uniões de facto e “casamentos” vitalícios de homossexuais são novamente referidos.
7. Em Abstinência referem-se 16 conceitos. Em Contracepção referem-se 46. There are ways a sexual partner can help with each method of contraception (p. 38, 12-15 anos). People can find creative and sensual ways integrating contraception into their sexual relationship (p. 38, 15-18 anos).[4] Some religions teach that contraception is desirable; others do not approve of contraception (p. 37, 9-12 anos). [Existem maneiras pelas quais um parceiro sexual pode ajudar em cada método de contracepção (p. 38, 12-15 anos). As pessoas podem encontrar maneiras criativas e sensuais de integrar a contracepção no seu relacionamento sexual (p. 38, 15-18 anos). [4] Algumas religiões ensinam que a contracepção é desejável; outros não aprovam a contracepção (p. 37, 9-12 anos).

No caso do aborto a honestidade dos autores do texto desce a zero: A legal abortion is very safe (p. 39, 9-12 anos).[5] Childbirth is a natural process that is usually safe [Um aborto legal é muito seguro (p. 39, 9-12 anos). [5]

1. O parto é um processo natural que geralmente é seguro para a mãe e para o bebé (p. 43, 12-15 anos). [1] Having an abortion rarely interferes with a woman’s ability to become pregnant or give birth in the future (p. 39, 12-15 anos).[2] Abortion is not a method of contraception (p. 39, 12-15 anos).[3] [Fazer um aborto raramente interfere na capacidade da mulher de engravidar ou dar à luz no futuro (p. 39, 12-15 anos). [2] O aborto não é um método contraceptivo (p. 39, 12-15 anos). [3]
2. Segundo os SIECUS Position Statements de 1991, a “SIECUS supports the use of explicit visual materials as valuable educational aids”.[4] As Guidelines também tratam o assunto. Some people use erotic photographs, movies, or literature to enhance their sexual fantasies when alone or with a partner (p. 35, 15-18 anos). Sexual fantasies that involve harming oneself or another person should never be acted upon”. (p. 35, 15-18 anos). There is no evidence that erotic image and arts cause inappropriate sexual behaviour (p. 49, 15-18 anos).[5] [Position Statements de 1991, a “SIECUS apoia o uso de materiais visuais explícitos como valiosos recursos educacionais”. [4] As Guidelines também tratam o assunto. Algumas pessoas usam fotografias, filmes ou literatura erótica para realçar as suas fantasias sexuais quando estão sozinhas ou com um parceiro (p. 35, 15-18 anos). As fantasias sexuais que envolvem ferir a si mesmo ou outra pessoa nunca devem ser postas em prática ”. (p. 35, 15-18 anos). Não há evidências de que a imagem erótica e as artes causem comportamento sexual impróprio (p. 49, 15-18 anos). [5]]
3. Os pais devem ser os últimos a saber… Teenagers can get confidential testing and treatment for STD/HIV without parental consent (p. 41, 12-15 anos). Individuals need to examine messages received from different sources and establish guidelines for their own behaviour (p. 45, 12-15 anos). Children sometimes have to do things they do not want to do because their parents say so (p. 28, 5-8 anos).[6] Many aspects of family life have changed during that past several decades (p. 18, 15-18 anos).[7]
4. Conflicts may result in teenagers and adults who have been raised in a religion that does not fully accept human sexuality (p. 48, 12-15 anos).[8] [Os adolescentes podem obter testes e tratamento confidenciais para DST / HIV sem o consentimento dos pais (p. 41, 12-15 anos). Os indivíduos precisam examinar as mensagens recebidas de diferentes fontes e estabelecer directrizes para seu próprio comportamento (p. 45, 12-15 anos). Às vezes, os filhos têm que fazer coisas que não querem porque seus pais assim o dizem (p. 28, 5-8 anos). [6] Muitos aspectos da vida familiar mudaram durante as últimas décadas (p. 18, 15-18 anos). [7]
5. Os conflitos podem resultar em adolescentes e adultos que foram criados numa religião que não aceita totalmente a sexualidade humana (p. 48, 12-15 anos). [8]

[1] Repare-se: o aborto é very safe, o parto é ususally safe. A verdade é que graças aos avanços da medicina, o parto é very safe. Além disso a esperança média de vida das mulheres com filhos, e que nunca abortaram, é superior à esperança média de vida das mulheres que abortaram.

[2] Um aborto aumenta o risco de esterilidade de 4 a 10 vezes. Além disso o aborto parece estar ligado ao aumento de gravidezes ectópicas.

[3] A SIECUS, a PP e todos os seus associados usam a expressão contracepção de emergência para designar um método que em geral será desnecessário ou abortivo. O DIU, que em muitos casos provoca aborto, é considerado método contraceptivo. Além disso, mais de 90% dos abortos são por razões de conveniência e segundo vários estudos muitas mulheres usam o aborto como método contraceptivo. Hoje mais de metade dos abortos são segundos ou mais abortos. Finalmente, a PP et al ao defender e promover o aborto como último recurso para as falhas dos outros métodos, está a criar uma linha de separação muito ténue. O que segundo ela interessa à mulher é não ter o filho e o preservativo, a pílula, a pílula do dia seguinte e o aborto são tudo formas de atingir esse fim. O nome que se lhes dá pouco importa… a menos que se saiba o que cada um deles faz!

[4] Só não se percebe a guerra feita a fotografias de embriões e a fotografias de bebés abortados.

[5] Cabe a quem promove a pornografia provar que esta é inofensiva. Mas a tarefa é impossível porque, ao contrário do que diz o texto, há diversas evidências de que a pornografia promove innapropriate sexual behaviour.

[6] Fica ao cuidado do professor explicar que a opinião dos pais deve ser respeitada visto que estes estão a pensar no bem-estar da criança; outros professores podem usar isto para cavar o fosso entre pais e filhos dizendo que a situação descrita é injusta.

[7] Para bem ou para mal? O professor decide!

[8] Existe alguma religião que não fully accept human sexuality? Qual? Ou será que várias religiões não aceitam a doutrinação sexual SIECUS-KINSEY-PP?

[1] K-12 significa do jardim infantíl (K) até ao 12º ano.

[2] O homem anda a selecionar os valores de acordo com as alternativas e as consequências há… três milhões de anos! Ou as crianças actuais são geniais, ou o que se pretende é reduzir a nada o trabalho, as experiências e os desastres de gerações.

[3] Ou seja, o gene da homossexulidade é muito peculiar… A verdade é que as duas frases são estrategicamente necessárias para atingir dois objectivos. A primeira, visa colocar os homossexuais na categoria de minoria; a segunda, visa abrir as portas ao recrutamento de novos homossexuais entre os heterossexuais.

[4] O preservativo é divertido. O preservativo trabalha a noite toda. O preservativo é romântico.

[5] O aborto coloca a saúde da mãe em risco de várias formas e o próprio aborto, sobretudo o aborto tardio, pode ser muito perigoso. Do ponto de vista psicológico, o aborto é sempre um desastre (ver João Araújo, Aborto Sim ou Não?, distr. Verbo). Além disso, o aborto nunca é seguro para o bebé.

Entenda, por favor, o João Araújo escreveu isto em 2005 e o programa estava pronto em 1991. Os seus filhos há muito que são cobaias deste Maio de 68 para crianças e, acredito que tal como eu, você pensava que “educação sexual”, na escola, era a explicação do aparelho reprodutor… Só que, não, não é. É isto e os resultados estão à vista de todos.