A História moderna do controle educacional – Os secularistas (1)

Secularismo | O Fio de Prumo

Os exemplos do nazismo e do comunismo podem parecer os extremos da tirania educacional, mas nos nossos dias os “iluminados”. como gostam de se auto-intitular, também têm coisas igualmente chocantes a dizer a respeito da educação. Daniel C. Dennett, sumo sacerdote do dogma evolucionista, resume o carácter confessional da cosmovisão secular[1]:

Se você insistir em ensinar aos seus filhos — […] que o “homem” não é um produto da evolução pela selecção natural — então, deve esperar que, mais à frente, aqueles de nós que possuem liberdade de expressão se sintam livres para descrever os seus ensinamentos como o perpetuar de falsidades e tentemos demonstrar isso aos seus filhos na primeira oportunidade. O nosso bem-estar futuro — o bem estar de todos nós no planeta — depende da educação dos nossos descendentes [2].

Coerção é o nome do jogo.

Se Dennett tivesse conseguido as coisas à sua maneira, os pais não poderiam fazer escolhas educacionais para os seus filhos. Os nazis tiveram a “Juventude Hitleriana”, e este evolucionista quer ter a sua “Juventude Darwinista”. A coerção educacional não é uma relíquia do passado. Actualmente, na Alemanha, os apis cristãos não têm o direito de educar os seus filhos em casa.

A escola pública moderna adoptou a linha de abertura do livro de Carl Sagan, Cosmos, como pressuposto operacional para o aprendizado:

O Cosmos é tudo que é, foi, e há de ser. [3]

Todos os factos, a experiência e a evidência científicas colectadas devem ser filtradas por essa indefensável e improvável tela interpretativa construída pelo homem. Tudo o que se segue na cosmovisão apresentada no Cosmos é medido por essa régua interpretativa e não “de acordo com Cristo” (Cl 2:8) que “fez o universo”, “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 11:3), Sagan pressupõe o cosmo e nada mais.

Deus é substituído pelos Cosmos

Para Sagan, o cosmos era deus, um glorioso substituto acidental para o que ele acreditava serem crenças antigas, pré-científicas a respeito de Deus e da origem e natureza do universo. A própria ideia do Deus pessoal é, na cosmovisão de Sagan, apenas “um sonho humano”. Mesmo assim, a cosmovisão de Sagan é tão religiosa quanto a cosmovisão cristã:

Quando exclui até mesmo a possibilidade de que uma dimensão espiritual tenha lugar no seu cosmos — nem mesmo no momento desconhecido e misterioso do início da vida — Sagan faz da evolução acidental a explicação para tudo. Apresentada dessa forma, a evolução realmente parece-se com uma religião invertida, um bezerro de ouro conceptual que consegue cheirar a ateísmo estéril. Não é de admirar que muitos pais sintam as emoções mais profundas e agitadas quando descobrem que isto está presente na educação dos seus filhos.

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[1] O adjectivo “secular” vem do latim saeculum, que significa “tempo” ou “era”. “Chamar secular a alguém significa que essa pessoa é completamente vinculado ao seu tempo, um completo filho da sua era, uma criatura da história, sem nenhuma visão da eternidade. Incapaz de ver qualquer coisa sob a perspectiva da eternidade, ele não pode crer que Deus exista ou actue nos assuntos humanos ” (James Hitchcock, What is Secular Humanism? [Ann Arbor, MI: Servant Publications, 1982], p. 10-1). Um secularista nega a revelação especial, não apenas o “absurdo” de Deus se relacionar com o homem, mas a impossibilidade disto acontecer.
[2] Daniel C. Dennett, Darwin’s Dangerous Idea: Evolution and the Meaning of Life (New York: Simon and Schuster, 1995), p. 519.
[3] William R. Fix, The Bone Peddlers: Selling Evolution (New York: Macmillan Publishing Co., 1984), p. xxiv.
Copiado do livro: Quem controla a Escola Governa o Mundo, Gary DeMar, p. 30-32

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