O comportamento do seu filho não é fruto do acaso, nem de uma personalidade difícil, muito menos é inevitável.

                                                                                                 


O comportamento do seu filho não é fruto do acaso, nem de uma personalidade difícil, muito menos é inevitável. O comportamento do seu filho reflete a criação que ele recebe. E isso não é obrigação da escola. A formação moral e o ensino dos valores são responsabilidade dos pais, da família. Basta notar o que acontece quando esse ensino é negligenciado ou delegado a quem não o deve fazer (como os amigos, as influências sociais, ou até mesmo a escola).
As palavras que seu filho diz não são alheias às suas atitudes, ele diz o que ouve, e ouve o que você permite. E muito além de fazer o que você diz para fazer, ele sempre fará o que vê você fazer. E não há volta a dar para esta realidade.
Portanto, se você mente, seu filho irá mentir. Se você desrespeita a necessidade de atenção e cuidado que seu filho tem, chegará o tempo em que ele não terá vínculo, respeito ou consideração para dispensar a atenção e cuidado que você vai precisar.
E o vitimismo e o fatalismo típicos de quem não quer assumir responsabilidades não irão resolver. Encontrar outras pessoas que enfrentam a mesma realidade pode ser um pouco confortável, mas dessa zona de conforto ninguém colhe bons frutos.
A sociedade atual coloca como prioridade uma formação académica, boas notas, bom emprego, se cumprir esses requisitos está tudo certo. Se ganhar um bom salário, melhor ainda. E ninguém coloca como parâmetro um emocional saudável, uma forte de lista de valores e caráter ilibado. Ninguém está preocupado se os jovens estão mortos por dentro, ninguém se importa com isso, desde que ele tenha como se sustentar, pode estar morto por dentro.
E além disso, cria-se na sociedade os influentes jovens que fazem coisas superficiais na internet, ganham milhões, fazem tudo que querem sem regras, sem limites, sem proteção, e depois influenciam todos os jovens a buscar essa realidade que parece muito boa e agradável, afinal, eles podem tudo porque já cumpriram os requisitos sociais. Mas ninguém conta o que acontece nos bastidores. Ninguém conta o quanto esses jovens sofrem, justamente por não terem a estrutura necessária para viver o que vivem, por não terem experiência e conhecimento suficientes para fazerem as escolhas que fazem. Porque depois que entram no caminho sem volta, já não sabem como evitar a dor, a depressão, a vida vazia e sem sentido.
E enquanto os pais estão preocupados em cumprir metas, em ganhar mais dinheiro, em parecer bem para a sociedade, o filho nunca é a prioridade, o diálogo nunca acontece, o distanciamento cria o filho por eles. E o resultado nunca será bom.
O amor e a atenção, o cuidado e a orientação salvam vidas, salvam a convivência social, salvam o mundo. Mas estão sempre mais preocupados com as árvores e animais. Não que estes não mereçam cuidados, mas a sociedade precisa aprender o significado de ‘prioridades’ e ‘tempo oportuno’.
Deixar para depois o que não pode ser deixado é criar uma bola de neve que vai destruir tudo. Dedique tempo e atenção aos seus filhos, com amor e paciência, faça por eles o que gostaria que fizessem por você. Muitos presentes e coisas materiais nunca suprirão a necessidade de vínculo e afeto. Corrija, ame, abrace, oriente, demonstre amor, dê prioridade. A vida vale mais do que bens materiais, o amor é a mais valiosa das riquezas.