
Por Marisa Antunes
A Esquerda e várias organizações LGBTQ+ andam a disputar por mais apoios de promoção das suas marchas Pride… As benesses dadas por Carlos Moedas* à associação Variações para a organização do Europride, irritou as restantes, não só, e muito bem, porque esta esteve envolvida recentemente numa polémica de desvio de fundos**, mas porque querem também o seu quinhão dos dinheiros públicos…
Mas a questão é precisamente esta – por que razão devem os contribuintes financiar o Europride, a Marcha do Orgulho de Lisboa ou a Festa da Diversidade? O tema do financiamento público destas organizações tem causado polémica em todo o mundo e também seria por cá, se a media não fosse maioritariamente woke…
Como diz a deputada municipal Margarida Bentes Penedo, “estas celebrações já são um bocadinho datadas (…) e estas pessoas têm hoje todos os direitos que qualquer outro cidadão tem”, mas se “os senhores da extrema-esquerda querem continuar a fazer uma demonstração mais histriónica, pois façam-na”, não devem é imaginar que podem impôr a um governo que não foi legitimado por eleitores da extrema-esquerda, bem pelo contrário, a dar a mesma prioridade que os senhores dão”…
Ora aqui voltamos aos grupos ultra-minoritários de que JMF, do Observador, falava recentemente no seu podcast… Quem é esta gente infiltrada nas autarquias, na CIG, nas universidades, na Ordem dos Médicos, na Ordem dos Psicólogos e em outras instituições de relevo, que consegue sempre levar a bom porto todas as suas iniciativas? Mesmo perante a promoção descarada de conceitos destrutivos como o da autodeterminação de género e que está na origem da maior crise identitária de que há memória entre os jovens?
A sério que não há causas urgentes, que precisam desesperadamente de financiamento público? Já se olhou para a desproporção que existe no financiamento de causas que envolvem populações vulneráveis como as desgraçadas mulheres e os seus filhos que procuram abrigo a salvo de companheiros selvagens que as ameaçam de morte a toda a hora? Ou as pessoas com deficiência que precisam de campanhas a sério que permitam mostrar que podem ser úteis à sociedade e que precisam também de “empatia “e “inclusão”, os chavões da praxe? Ou soluções dignas para os sem-abrigo? Ou por aí fora?
A sério que existe proporcionalidade de apoios?
* https://lnkd.in/dUQupx-i
** https://lnkd.in/dVci2rru
https://lnkd.in/diYuzXWy