
De acordo com o Diário da República: «Tem direito de resposta nas publicações periódicas qualquer pessoa singular ou coletiva, organização, serviço ou organismo público, bem como o titular de qualquer órgão ou responsável por estabelecimento público, que tiver sido objeto de referências, ainda que indiretas, que possam afetar a sua reputação e boa fama. O direito de resposta pode ser exercido tanto relativamente a textos quanto a imagens e fica prejudicado se, com a concordância do interessado, o periódico tiver corrigido ou esclarecido o texto ou imagem em causa ou lhe tiver facultado outro meio de expor a sua posição.»
Assim, ao abrigo da Lei e como presidente da Associação Família Conservadora, venho exercer o meu direito de resposta ao artigo “Associação Família Conservadora acusa escola de Sintra de exibir “cenas de sexo explícito”. Direção recebeu uma queixa e vai averiguar”.
Cronologia:
Ontem, às 21:58h, fui ver as mensagens no meu Instagram e vi que tinha uma mensagem da jornalista Mariana Marques Tiago, recebida às 12:48h, com o seguinte teor: «Bom dia, Maria Helena. Sou jornalista do Observador. Vi o seu post sobre a escola Padre Alberto Neto. Acha que me conseguia colocar em contacto com algum pai que tenha feito a denúncia ou tenha conhecimento do caso? Queria recolher testemunhos. Garanto total anonimato.»
Mal li a mensagem – às 21:58h – enviei-lhe mais informação sobre o caso e disse-lhe que ia contactar os pais. Um deles, aceitou falar com ela e enviei-lhe o contacto. Não houve qualquer resposta, por parte da jornalista, às minhas mensagens, mas pensei que isso se devia ao adiantado da hora.
Entretanto, fui ver outras notificações e vi que o Observador tinha publicado um artigo, às 20:59h, com o título: “Associação Família Conservadora acusa escola de Sintra de exibir “cenas de sexo explícito”. Direção recebeu uma queixa e vai averiguar”, e com o sub-título: “Em causa está o filme sobre o pianista Ray Charles, “Ray”, lançado em 2004. Obra foi exibida a alunos do 5.º ano, mas de acordo com o site IMDB, só deve ser visto por pessoas com mais de 12 anos.”
Factos:
De acordo com a pesquisa que realizei, antes de denunciar o caso que alguns pais fizeram chegar à Associação Família Conservadora e já depois de ler o artigo da Mariana, a classificação etária do filme Ray é para maiores de 16 anos e não para 12 anos, como afirma a jornalista. Para não deixar dúvidas, fiz uma captura de écran e usei as imagens para comentar o artigo na página de Facebook do Observador:
“O filme Ray, que retrata a vida de Ray Charles, é classificado para maiores de 16 anos. […] Devido à complexidade e à presença de conteúdo adulto, a classificação etária é para maiores de 16 anos”.


Hoje, e como a IA diz aquilo que alguém quiser que ela diga, já aparece assim:
“A classificação etária do filme “Ray” (2004) pode variar dependendo do país, mas é geralmente recomendada para maiores de 13/14 anos, e em alguns locais, como o Brasil, é classificada para maiores de 16 anos. […] O filme aborda temas adultos da vida de Ray Charles, incluindo: Uso e vício em drogas (heroína); Conteúdo sexual implícito e menções a amantes e filhos fora do casamento; Linguagem forte. Devido a esses temas, a classificação para maiores de 16 anos é justificada em Portugal e noutros países com sistemas de classificação mais rigorosos.” (captura de écran na imagem acima)
Em que ficamos? É para 12 anos, como escreveu a jornalista do Observador? É para maiores de 13/14 anos? Ou, EM PORTUGAL, é para maiores de 16 anos?
E, não, o conteúdo sexual não é implícito, É EXPLÍCITO (como o próprio professor reconheceu perante os alunos), e foi isso que perturbou crianças de 10 anos, que não deviam ser expostas a cenas sexuais explícitas, ou implícitas, e outras.
Entretanto, às 11:34h, a IA respondeu-me:
“Sim, a classificação etária do filme “Ray” (2004) é, em princípio, para maiores de 16 anos em Portugal e no Brasil. A classificação pode variar ligeiramente dependendo do país ou da plataforma de streaming: Portugal / Brasil: Geralmente classificado para maiores de 16 anos, devido a temas sensíveis como uso de drogas (heroína), sexualidade (múltiplas amantes), linguagem forte e conteúdo adulto. (captura de écran abaixo)
A srª jornalista deve repor a verdade, pois este tipo de jornalismo não é sério e pode prejudicar seriamente as crianças e os pais que têm a coragem de denunciar o que se vai passando nas escolas.
