Uma forma de avaliar o poder e o impacto de um movimento social é observando o tipo de reação popular que ele evoca, seja entre os seus seguidores ou entre os seus detratores.
Se usarmos isso para medir o seu impacto, não há como negar que o movimento “Woke” teve um impacto real em grande parte do Ocidente, fazendo com que a sua presença seja fortemente sentida nos meios de comunicação social e nas universidades.
Conforme descrito pela Wikipedia [uma fonte de qualidade informativa duvidosa, mas muito utilizada pelos activistas das causas fracturantes] , “Woke” é um adjectivo, em inglês, que significa “alerta para o preconceito e a discriminação racial” que tem origem no inglês vernacular afro-americano. Na segunda década deste século, Wokeness [vigília] passou a ser associado a uma gama mais ampla de causas, em particular à identidade e aos direitos de uma variedade de grupos diferentes que buscam aceitação e reconhecimento social, como gays, comunidades transgénero e mulheres.
O movimento Woke, embora se apresente como a voz do progressismo da nova esquerda, apoiou medidas legais para restringir certas categorias de discurso e medidas políticas para penalizar aqueles que não usam o tipo de linguagem favorito dos activistas da cultura do cancelamento [Woke]. Isso coloca o movimento Woke em conflito directo com os ideais tradicionais do liberalismo moderno, principalmente a tolerância e a liberdade de expressão.
O desastre de Jordan Peterson
Portanto, não é de surpreender que o movimento Woke tenha gerado uma acalorada polémica e encontrado oposição significativa. Por exemplo, um (agora reformado) professor de psicologia da Universidade de Toronto, Jordan Peterson, em 2016, disse publica e enfaticamente que não obedeceria a nenhuma regra legal que lhe exigisse que usasse os pronomes preferidos por indivíduos transgéneros, mesmo que a sua a recusa o levasse à prisão. Em pouco tempo, ele passou de autor de um best-seller internacional [12 Regras para a Vida] a um pára-raios para os opositores ao movimento Woke, em particular para os cidadãos que se ressentem por serem pressionados, ou mesmo obrigados por lei, a adaptar a sua linguagem a um conjunto de normas em torno da “inclusão” e do reconhecimento de certas identidades minoritárias.