Texto enviado por Paulo Almeida, pai e associado
Mitos
De entre vários tipos de racismo, existem também agora:
O Racismo individual
O racismo individual é expresso em atitudes discriminatórias individuais, através de esteriótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas características étnicas que a sua.
Desta maneira, temos expressões como “é preto, mas é limpinho” ou “índio bom é índio morto”, que revelam o profundo desprezo a todo um grupo.
O Racismo Comunitário (Diferencialista)
O conceito de comunitarismo ganhou força nos anos 80, em contraposição ao individualismo. Esta filosofia defende que a comunidade é mais importantes que o indivíduo em si.
Dessa maneira, o racismo comunitário está ligado ao pensamento contemporâneo e ao nacionalismo. Ele torna-se racista na medida em que privilegia sempre a sua comunidade em detrimento de outra.
Como consequência, o racismo comunitário é dirigido a um grupo como uma aldeia indígena, uma comunidade quilombola, e não só aos indivíduos específicos.
Explicação para provar que Racismo inverso, (que nem é uma expressão correcta) não existe:
O facto de um branco ser chamado de “palmito” ou “leite azedo” não se caracteriza como racismo. (De resto basta esta definição para destruir a definição do racismo individual ).
A razão é que, no mundo moderno e contemporâneo, os brancos não foram subjugados, nem tratados como escravos.
A verdade
Bastariam as definições: «no mundo moderno e contemporâneo, os brancos não foram subjugados, nem tratados como escravos», e «o racismo acontece dentro de um contexto histórico», para podermos afirmar que não existe racismo no Ocidente, já que no mundo moderno nem os brancos nem os pretos são tratados como escravos, mas somente e apenas, num contexto histórico que não é o do mundo moderno e contemporâneo.
Talvez isto se deva à subtileza da utilização da palavra; subjugados… mas, na verdade, também aqui, quantos seres humanos pretos e brancos não são subjugados, nos nossos dias, em países com regimes totalitários, por exemplo?
Claro que não poderiam afirmar que o racismo inverso não existe, porque os brancos também foram escravizados e estariam (e bem) a excluir a possibilidade de responsabilizar os brancos actuais pelos actos dos brancos do passado e isso não lhes traria qualquer vantagem.
Na verdade a contradição nasce da necessidade de conciliar o inconciliável já que, seria muito mais fácil afirmar apenas que, o racismo acontece dentro de um contexto histórico. O problema é que, limitando a definição a esta proposição, eliminamos a possibilidade de incluir, no presente, os brancos no processo de culpabilização, já que, o processo de escravização ficaria condicionado pelo factor temporal, que foi no passado.
Até mesmo que o que se pretenda com a afirmação, «no mundo moderno e contemporâneo, os brancos não foram subjugados, nem tratados como escravos» seja considerar os tempos modernos e contemporâneos como um período que abarca a época da escravatura, continuamos a não poder incluir nela os brancos, (nem os pretos), que nasceram depois da época da escravatura.
Continua: