
Jéssica Biscaia, a menina de três anos que morreu vítima de maus tratos continuados, não foi protegida.
Ontem, alguém da CPCJ, na SIC notícias, dizia que a CPCJ actua, entre outras coisas, quando o direito à educação é posto em causa.
O direito de quem?
Dos pais? Ou do Estado?
Hoje, na CMTV, Dulce Rocha, presidente do IAC [Instituto de Apoio à Criança] afirmou que a criança já estava sinalizada na CPCJ, mas que precisavam de mais informação para agir…
Mais informação?
Como assim, se bastou que uma mãe, Sofia Lynce Faria, se dirigisse à Santa Casa da Misericórdia com um pedido de ajuda – em virtude do marido ter perdido o emprego e de ela própria ter sido despedida em avançado estado de gravidez – para ser sinalizada pela CPCJ e ter a sua bebé retirada ainda no hospital, bem como a mais velhinha, que foi posta em casa dos avós sem que a mãe tivesse autorização para se aproximar dela?
Como assim? O único crime desta família foi ter pedido ajuda. O preço por esse pedido? Três anos para recuperar as filhas. Uma delas, com graves sequelas físicas e um grande atraso cognitivo.
E a Anabela Caratão, que viu os seus filhinhos gémeos serem-lhe retirados, por ser vítima de violência doméstica? E que, ao longo de 10 longos e penosos anos, tem sido privada de ver os seus filhos e tem visto as técnicas da CPCJ mentir descaradamente em tribunal? “Mais informação”?
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos deu razão a esta mãe, ordenou que os filhos fossem lhe fossem entregues e condenou o Estado português a pagar uma indemnização. Até hoje, após cerca de um ano, o Estado (no caso, quem nos governa, pois o Estado somos nós) continua a não obedecer ao Tribunal Europeu.
E a mãe, que foi afastada das três filhas com mentiras das técnicas da CPCJ? Também a esta o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos deu razão e condenou o Estado Português.
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Entretanto, quantas Jéssicas serão necessárias, para que as técnicas de CPCJ deixem de perseguir e ameaçar uma família, só porque um dos seus filhos disse que “casamento é entre um homem e uma mulher”?
Quantas Jéssicas serão necessárias, para as técnicas da CPCJ deixem de perseguir e intimidar famílias que não são pró-lgbtetc., e que não aceitam que os seus filhos sejam confundidos pela ideologia de género na escola?
Quantas Jéssicas serão necessárias, para que as técnicas da CPCJ deixem de perseguir, intimidar e ameaçar uma família, só porque a sua filha deixou de ser lgbtetc.? Só porque a Rita (nome fictício) precisou de um psicólogo e de baixa médica – passada pelo médico de família – depois de “deixar de ser lgbtetc.”, e passar a ser perseguida, coagida e ameaçada na instituição de ensino articulado, por ter deixado tão ilustre comunidade?
O único lugar onde a Rita esteve em risco foi no estabelecimento de ensino.
Quantas Jéssicas serão necessárias, para que a técnicas da CPCJ actuem quando há “mais informação”? Quando há fotografias, conversas gravadas e até vídeos, nos quais a Joana (nome fictício), na altura com 2 anos e meio, afirmava que o pai lhe tinha dado tau-tau no pipi e que, hoje, com quatro anos, se queixa de que o pai as deixa sozinhas – a ela à irmã de 3 anos – em casa, com a porta da rua encostada, vai comprar comida e demora muito tempo?
O que é que as técnicas têm feito com a informação de que as duas irmãs voltam para casa, depois de um fim-de-semana com o pai, com peso a menos, esfomeadas, sujas e picadas das pulgas?
Toda a informação que aqui partilho tem vindo a ser denunciada, pela mãe das meninas, às técnicas da CPCJ e ao tribunal e… invariavelmente, a resposta tem sido: “isso é o que a menina diz, mas ela nem sequer soube dizer quanto tempo é que o pai lhe bateu no pipi…”
Quanto tempo? Tipo, cronometrado? Uma criança de dois anos e meio?
E, quando as técnicas dizem que a casa do pai não tem as melhores condições, mas que ele é o pai e tem direito a ter as filhas com ele? Embebeda-se? Tá bem, mas não bebe dentro de casa. Deixa-as sozinhas em casa por longos períodos? Têm que arranjar testemunhas.
Como é que as técnicas sabem que ele não se embebeda dentro de casa? Quem é que tem que arranjar testemunhas? As meninas? Numa casa praticamente isolada?
As meninas não tomam banho? Isso é o que a mãe diz. Não se alimentam decentemente? Isso é o que elas dizem. “Mais informação”?
Quantas Jéssicas serão necessárias, para que as técnicas da CPCJ deixem de ser uma espécie de polícia do pensamento, um braço armado do Estado, para intimidar as famílias que não se submetam à engenharia social em curso e pretendam exercer os seus direitos paternais?
Quantas Jéssicas serão necessárias, para que as técnicas da CPCJ deixem de perseguir e ameaçar famílias que escolherem fazer ensino doméstico? Sim. A Raquel, que é professora, viu a CPCJ fazer-lhe a vida num inferno por causa de uma denúncia anónima e porque suas “excelências” (que nem filhos têm) achavam que os filhos dela tinham obrigatoriamente que ir para a escola e que a mãe não podia fazer aquilo que a lei portuguesa lhe permite fazer. Graças a Deus, esta mãe, que lutou com unhas e dentes (passo a expressão) para não perder os seus filhos, viu o processo ser arquivado.
Quantas Jéssicas serão necessárias, para que a CPCJ faça aquilo que de facto deveria fazer? Proteger crianças em risco, e não perseguir famílias por, dizem elas, não deixarem os filhos auto-determinar o seu género?
Espero que quem fez mal à Jéssica, quem a matou, pague pelo crime hediondo. A prisão perpétua é uma necessidade. Monstros, como os que mataram a Jéssica, não merecem voltar a viver em liberdade.
Sim, digo-o como cristã, sabendo que se houver arrependimento genuíno Deus lhes perdoará, mas isso não muda o facto de que a pena pelo crime deve ser justa.