Foram estas palavras me chamaram a atenção para um vídeo, verdadeiramente chocante, no Youtube. As imagens mostram várias criancinhas a brincar num parque infantil, na Noruega, num escorrega em forma de pénis gigante de cujo interior as vemos sair. Somos então alertados de que, se acharmos o que vamos ver chocante, e revoltante, seremos considerados antiquados, superficiais, intolerantes e necessitados de ir a um psiquiatra. A seguir somos informados que aquele escorrega tem como objectivo “educar as crianças da forma correcta” a fim de perderem a timidez em relação ao sexo e se desenvolverem.
Está chocado?
Se a sua resposta é “sim”, você é um retrógrado incapaz de apreciar a evolução da civilização moderna e, cuide-se, porque parece que o mundo tem vindo a desenvolver mecanismos para reduzir o número de pessoas tão estúpidas que acreditam que os meninos nascem meninos e as meninas nascem meninas.
Nos infantários de toda a Europa, as crianças aprendem nas novas histórias infantis que a raposinha tem duas mães e o pinguim tem dois pais. Educadores do infantário, e da pré-escola, lêem essas histórias a criancinhas com menos de 5 anos. Eles usam métodos e técnicas especiais elaboradas pelo Ministério da Educação. Por exemplo:
– O Ministério de Educação dinamarquês publicou uma directriz para educadores do berçário lerem aos bebés histórias onde há princesas piratas e príncipes coquetes e muito femininos. Na Letónia podemos encontrar livros para meninos intitulados: “O dia em que Karl era Karlina”, e para meninas: “O dia em que Ruth era Richard”, patrocinados pelo Ministério da Educação. A mesma situação é encontrada na Alemanha.
Os alunos de uma escola alemã “trocam de sexo” em honra do dia da igualdade de género — eles vestem-se de menina e elas vestem-se de menino. Todos participam. Professores e alunos, porque, de acordo com os europeus modernaços, isso ajuda a alcançar a compreensão mútua. No vídeo um rapaz, maquilhado, aparece a dizer que a maquilhagem é uma forma de se colocar no papel do outro.
Será que o amado leitor está chocado com tudo isto?
Ou, já começa a pensar que não há nada de mais neste tipo de educação?
É que, vai piorar!
Ideólogos LGBT afirmam que um homem, na sua infância, é neutro e que, por conta disso, mais tarde ele pode ser o que quiser — ele, ela ou algo.
Em Basel, na Suíça, há umas caixinhas que têm tudo para estar numa sex-shop, mas que são dadas às crianças no jardim-de-infância. Feitas para crianças de 4 ou 5 anos, as caixas contêm um conjunto de bonecas, livros ilustrados especiais, e brinquedos que imitam os genitais. Mas isso não é o pior… O pior é que, hoje, as crianças deixam de ser quem são – menino ou menina – e passam a ser algo “neutro”, uma criatura que não é macho nem fêmea.
O Max é um menino de 2 anos. Os seus pais, ingleses, vestem-no com calças de menino e saia de menina. A mãe pinta-lhe as unhas, coloca-lhe lacinhos e fitinhas no cabelo e, apesar do Max se sentir um menino e afirmar que o é, os pais consideram isso insignificante e insistem em fazê-lo brincar com carrinhos de bonecas e agir como uma menina. Dizem que o fazem para bem da criança…
Muitos pais, e filhos, por esse mundo fora são vítimas de uma lavagem cerebral que dá pelo nome de “ideologia de género” travestida de modernidade que transforma as pessoas em mutantes.
Na Suécia, no jardim de infância Egalia, que funciona desde 2010, em Estocolmo, as crianças são tratadas como se não tivessem sexo. Em vez de “han” [ele] ou “hon” [ela], a criança é chamada “hen” [algo]. Esta palavra neutra foi incluída por pedagogos adeptos das minorias não tradicionais. A directora da instituição acha que o tratamento “hen” é mais democrático… Que tratar as crianças por “algo” é dar a todas elas os mesmos direitos, as mesmas possibilidades e as mesmas responsabilidades. Como é que funciona a tal democracia?
Todas as crianças brincam com bonecas, neutras, leem livros sobre um garoto, que é apaixonado por cor-de-rosa, e vestem-se com vestidos às bolinhas brancas. Os meninos devem brincar com cozinhas de bonecas e as meninas devem fazer construções em Lego. Bué de democrático, sem dúvida.
Em França, a situação é a mesma. Os burocratas do Departamento de Educação foram aos infantários ensinar aos professores como ajudar as crianças a superar estereótipos. Figuras de meninos e meninas são penduradas num quadro negro e as crianças devem vesti-las de forma a não parecerem nem meninas nem meninos… Filmes em defesa da “ideologia de género” atraem a atenção de adolescentes com idades entre os 12 e os 14 anos. Por exemplo, o filme “Tomboy”, cujo título significa uma menina que age como um menino, conta a história de uma menina de dez anos, Laura, que se vê como um menino e que se apaixona pela sua vizinha.
Muito elogiada pelos críticos, esta história foi premiada no Berlinale de 2011. O filme está a correr as escolas da Europa, e a ser mostrado aos adolescentes, no âmbito do programa “Escola e Cinema”. Em França, já foi visto por 46 mil alunos.
Enquanto isso, na Alemanha, alunos com 13 anos de idade, recebem questionários bizarros nos quais lhes é pedido para reflectirem e responderem a perguntas como estas:
Pertences ao sexo certo?
Quando, e porque é que decidiste ser heterossexual?
A heterossexualidade é apenas uma fase que vais superar?
É possível que a tua heterossexualidade seja apenas o resultado do medo neurótico das pessoas que têm o mesmo sexo que tu?
Escandalizado? Ou nem por isso?
Se perguntas como essas já seriam difíceis para um adulto, imagine para alunos do 2.º ano do 2.º ciclo.
Tudo se conjuga para tornar neutras as “crianças modernas” que são as vítimas de uma doutrina aceite em 1995, quando a transformação de uma pessoa num misterioso “algo” começou a dar os primeiros passos em Pequim, na Conferência Mundial da ONU, quando a noção de sexo foi mudada para género por respeito a pessoas com (des)orientação sexual diferente. Na época parecia inócuo, mas muitos psicólogos e sociólogos pensaram que isso poderia levar à queda da civilização humana. É incrível que uma geração que afirma que a ciência é que é, seja totalmente manipulada por uma ideologia que não tem nada de científico, que afirma que ninguém nasce homem ou mulher, mas que é tudo uma questão de educação e de treino.
O que é que aconteceu a uma sociedade que já honrou as tradições familiares e os valores tradicionais?
Como é que essa sociedade começou a aceitar, tão levianamente, a libertinagem das minorias ao ponto de legitimar a corrupção das crianças no infantário?
Será que o amado leitor sabe que, há algum tempo, o chefe do Ministério da Criança e do Desenvolvimento Familiar, era homossexual assumido e multimilionário? Agora, ele assumiu a liderança de um partido de esquerda, na Noruega, e doou 13 milhões de krones para promover um novo programa de educação sexual, não-tradicional, nos jardins-de-infância e nas escolas norueguesas.
Já ouviu falar de Daniel Cohn-Bendit?
É o líder da facção unida do Partido Verde do Parlamento Europeu. Um homem que começou a sua carreira como professor do pré-escolar em Frankfurt am Main, foi acusado de pedofilia e, como se não bastasse, há alguns anos, descreveu coisas chocantes na televisão francesa. Estas são algumas das suas palavras:
“As crianças pequenas são fantasticamente sexy. Tenho que ser honesto. Em primeiro lugar, trabalhei com as mais pequenas […] Bem, quando crianças de 4-6 anos… Você sabe… Quando uma menina de 5 anos o começa a despir, isso é fabuloso.”
Sente-se tão enojado como eu?
Tenho algumas perguntas para si:
Você quer que os seus filhos sejam “neutros”?
Quer que leiam contos de fadas sobre o amor de duas princesas, ou sobre o “casamento” feliz de dois príncipes barbudos?
Se a sua resposta é “sim”, continue calado, relativize e apoie a “ideologia de género” com todas as suas forças. Não que eles precisem, até porque se as coisas continuarem a “evoluir” como até aqui, dentro de poucos anos todos os valores familiares estarão destruídos e você não poderá perguntar aos seus filhos se lhe vão dar um netinho, ou uma netinha, porque correrá o risco de ir preso.
Enfiar a cabeça na areia – pensando que os seus filhos não vão ser doutrinados por essa ideologia – não é sábio. Só mesmo quem não olha para o que se passa à sua volta, e não se apercebe do espaço que essa ideologia já conquistou, pode ficar indiferente.