O Estado não é sua família.
O Estado é uma entidade inanimada, muitas vezes guiada por aqueles que não têm o interesse público em primeiro lugar. Uma entidade destinada a manter a ordem social e a aplicação da justiça, mas que muitas vezes falha na sua missão.
Porém, mesmo com tantos factos e argumentos que comprovam a insuficiência do Estado para diversas questões, e por outro lado, muitas vezes sua intromissão onde não deveria atuar, há quem confie no Estado.
Há quem confie ao Estado a completa orientação e educação dos filhos, há quem confie no Estado para estabelecer verdades absolutas não comprovadas, há ainda quem confie a própria vida ao Estado, e aqueles que esperam, quando idosos, alcançarem a ajuda e o apoio económico do Estado.
Há aqueles que colocam a formação familiar em segundo plano, dispensam a ajuda de outras pessoas e o convívio social, pois, acreditam em uma super atuação do Estado em prol da resolução de todos os problemas, com a premissa de que o Estado não vai falhar, escolhem caminhos sem volta, confiando na entidade que tantas vezes falha e irá falhar.
Benefícios para jovens saudáveis são mais altos do que as reformas de trabalhadores debilitados, incentivo à baixa médica irrestrita são melhores do que as remunerações de quem muito trabalha. O dever de garantir a saúde e a manutenção da vida transformam-se em um belo discurso emocionado em apoio a mudanças legislativas que garantem a morte (aborto e eutanásia).
Certamente existem problemas relacionais no ambiente familiar e social, porém, no fim das contas, quando precisamos de alguém é alguém real que vamos buscar, e normalmente, é com um irmão, um vizinho, um amigo que podemos contar.
Não confie no Estado a ponto de tomar decisões irreversíveis com base em ilusões, não confie em quem já provou que não irá amparar ou ajudar. Não desista de ajudar e contar com pessoas verdadeiras.
Parte do pensamento moderno defende o princípio de relações fluidas e descartáveis, e a consequência será uma geração sem valores e totalmente dependente de quem não faz o bem ao próximo. Reveja prioridades, reconsidere certezas alheias. Confie em quem realmente pode confiar.