Não se deixe enganar: o avanço da agenda de género leva, inevitavelmente, à normalização e aceitação do abuso de menores.
Em 31 de Agosto de 2020 a Assembleia Estadual da Califórnia aprovou o projecto de lei “SB 145”, que desvaloriza o abuso sexual de menores quando o abusador é homossexual e as vítimas são meninos. Isto é discriminação positiva, de protecção aos homossexuais, pois se os pedófilos forem heterossexuais e as vítimas forem meninas é crime. Claro que houve uma forte reacção e choveram críticas até mesmo por parte de alguns deputados democratas (que são do mesmo partido do autor da proposta), como a deputada democrata Lorena Gonzalez, que disse:
Eu não posso, em sã consciência, como mãe, compreender como é que sexo entre uma pessoa de 24 anos e um a de 14 possa ser consensual. Como é que isso poderia não ser uma ofensa registável?
Este é só mais um caso que trouxe para o debate público a normalização do abuso sexual de menores por parte de predadores sexuais. O termo pedofilia só veio confundir, pois foi criado, pensado e é usado para transformar a depravação sexual incontrolável de adultos por menores numa parafilia, uma doença.
Actualmente, existem alguns movimentos activistas que favorecem a exposição de crianças e adolescentes a predadores sexuais:
Uns, desbravam o caminho modificando a linguagem e afirmando que os pedófilos não são predadores sexuais, mas sim pessoas com desejos sexuais irreversíveis por crianças – pessoas doentes – que não têm culpa de terem nascido assim.
Duas perguntas:
- Como se pode punir alguém por ser doente?
- Como se pode pedir pena de prisão para alguém que não tem culpa de sentir atracção sexual por crianças?
Tal como “aconteceu com o homossexualismo nos anos 90, ao ser retirado do quadro de doenças mentais pela OMS, e com o transsexualismo, que, no dia 20 de Maio de 2019, também foi retirado da categoria de transtornos mentais (pela OMS) e adoptou o nome oficial de “Incongruência Sexual” (para as pessoas que sofrem de disforia de género continuarem a ter direito a assistência médica especializada), a pedofilia está a fazer o mesmo caminho.
Outros, são os movimentos que pedem, sem qualquer tipo de pudor, a legalização das relações sexuais entre adultos e crianças/adolescentes.
De acordo com o MAP “Minor-Attracted Persons” (“Pessoas Atraídas por Menores”), a atracção por menores – a pedofilia – é apenas mais uma orientação sexual e nada tem a ver com o crime sexual contra uma criança:
Apesar disso, aqueles que são rotulados como pedófilos (seja precisamente como resultado de sua orientação sexual avaliada ou auto-relatada, ou incorretamente como resultado de alguma forma de crime sexual contra uma criança) enfrentam grande estigmatização.
https://link.springer.com/article/10.1007/s10508-019-01569-x
Entendeu? Eles, os pedófilos, são vítimas de estigmatização por parte dos religiosos, fanáticos, moralistas, retrógrados, que não querem ter os seus filhos abusados. Não importa o sofrimento das crianças que foram abusadas por eles… Eles – os abusadores – são as verdadeiras vítimas inocentes de uma sociedade que não os compreende nem aceita, tal e qual, dizem eles, como não compreendia nem aceitava os homossexuais, transsexuais, etc.
Não. Pedófilo e predador sexual são uma e a mesma coisa e não há sofisma que mude isso. Numa sociedade demente e hiper-sexualizada, há quem esteja muito empenhado em adulterar o conceito/significado das palavras mediante a manipulação da linguagem. Mas o facto é que nem o Direito, nem a Assembleia da República, nem a Medicina são autores, donos e senhores da linguagem. O termo pedófilo, tal como o termo psicopata, independentemente do que digam o Direito, a Assembleia da República e a OMS [Organização Mundial de Saúde], é dado a predadores sexuais, que não demonstram qualquer culpa ou arrependimento por abusarem de crianças e adolescentes e, que, se não forem enclausurados, ou quimicamente castrados, continuarão a cometer o mesmo crime vez após vez.
O Dicionário ainda define pe·dó·fi·lo como:
(grego país, paidós, criança, filho + -filo)
adjectivo e nome masculino
1. Que ou quem sente atracção sexual patológica por crianças ou pratica pedofilia.
Mas, a qualquer momento, pode ser alterado a fim de normalizar a prática e legitimar o abuso sexual de menores.
Em Portugal, temos visto pedófilos a serem mandados para casa com pulseira electrónica e penas suspensas. Juízes têm reduzido penas de prisão a monstros que abusaram dos próprios filhos.
- Não o choca que o Tribunal tenha tirado seis anos de cadeia a pais que abusavam da filha de três anos?
Portugal não inventa nada, importa tudo, e as maiores imoralidades, no que à sua prática e adeptos diz respeito, rapidamente nos colocam entre os primeiros do mundo. Por isso, para evitarmos que a pedofilia seja normalizada por cá, convém olharmos para outros países e ver quantas iniciativas têm convergido na despenalização/normalização da pedofilia como umais uma orientação sexual .
Por exemplo: O termo “Minor-Attracted Persons” (“Pessoas Atraídas por Menores”) – MAP – tem ganho cada vez mais protagonismo e adeptos. Várias entidades e Associações LGBTQIA+ usam o termo e os pedófilos acreditam que deviam fazer parte da comunidade LGBTQIA+. De acordo com o Urban Dictionary, o termo geral MAP inclui infantófilos (bebés), pedófilos (crianças pré-púberes), hebéfilos (crianças púberes) e efebófilos (crianças pós-púberes). Alguns MAPs também se referem a si próprios como NOMAPs ou “Pessoas Menores Atraídas Não Ofensivas”.
Isso não é de estranhar porque até 1994, a NAMBLA, uma organização totalmente favorável à pedofilia, fazia parte da ILGA, uma associação internacional criada para representar gays, lésbicas, transexuais e intersexuais – o grupo é tão importante que hoje integra o Conselho Económico e Nacional das Nações Unidas.
Na site da Associação, a NAMBLA informa:
- O objetivo da NAMBLA () é acabar com a opressão extrema de homens e meninos em relacionamentos mutuamente consensuais por meio de:construir compreensão e apoio para tais relacionamentos;
- educar o público em geral sobre a natureza benevolente do amor homem / menino;
- cooperar com lésbicas, gays, feministas e outros movimentos de libertação;
- apoiar a libertação de pessoas de todas as idades do preconceito sexual e da opressão.
- A nossa associação está aberta a todos que simpatizam com o amor homem / menino e liberdade pessoal.
Relacionamentos sexuais CONSENSUAIS entre homens e meninos?
Com os meus filhos/netos NÃO.
Também a “The Global Prevention Project”, na sua página na internet, oferece uma rede de apoio privada e confidencial às pessoas atraídas por Menores [MAPS]”. Um dos objectivos do fórum é “reduzir o estigma relativamente à pedofilia fazendo com que as pessoas saibam que um número substancial de pedófilos não abusa de crianças”. Como se o facto de haver alguns que resistem aos seus impulsos libidinosos e animalescos transformasse todos os predadores sexuais em vítimas e não em criminosos.
Grupos como esses – que transformam os agressores em vítimas – justificam-se dizendo que reduzir o estigma contra os pedófilos reduzirá o abuso de crianças pelos pedófilos… Tipo: “se legalizares o assalto haverá menos assaltantes”. Como se o estigma, junto com uma lei que puna exemplarmente o abuso sexual de menores não refreassem os potenciais criminosos.
Há outros sinais preocupantes que apontam para o silenciamento da censura moral contra as relações sexuais entre adultos e crianças/adolescentes. O debate semântico não seria tão importante se não fosse acompanhado de outros sinais preocupantes que apontam para uma flexibilização da censura legal e moral às relações sexuais envolvendo crianças ou jovens no início da adolescência.
Falarei sobre isso no próximo post