
Por Marisa Antunes
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Jennifer Melle, uma enfermeira britânica, está a enfrentar um processo em tribunal por ter chamado “Mr”, de forma acidental, a um pedófilo trans que se identifica como… mulher, segundo artigo publicado ontem no Telegraph.
O pedófilo, um paciente de uma cadeia masculina de alta segurança, cruzou-se com a enfermeira quando precisou de tratamento no St Helier Hospital, em Surrey.
O queixoso alega discriminação e violação dos direitos humanos…O processo segue para tribunal.
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Por cá, são as guardas prisionais que reclamam pela violação dos seus direitos humanos ao serem obrigadas a fazer as recorrentes “revistas por desnudamento” às mulheres trans (biologicamente homens) que se encontram a cumprir pena em Tires e Santa Cruz do Bispo.
Mas de nada valem os seus protestos. “A revista deverá ser realizada por elemento do serviço de vigilância e segurança do mesmo género com o qual a pessoa se identifique”, dita o “Manual de Recomendações Técnicas sobre Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas da Liberdade”…
Recorde-se que tal desrespeito com os direitos das Mulheres que trabalham nos estabelecimentos prisionais e, claro, com as próprias presidiárias, apenas é possível por inerência da lei da autodeteminação de género aprovada em 2018 pelo governo de António Costa, com os votos do Bloco de Esquerda e o PAN (o PCP absteve-se).

No artigo do Público, conta-se que algumas das mulheres trans (biologicamente homens) são “heterossexuais” e têm os namorados fora da cadeia. Ou seja, leia-se, não se interessam sexualmente pelas colegas de cela…
Nem todos, porém. Conta a jornalista do Público, Ana Cristina Pereira, num tom ligeiro e quase divertido, que pelo menos “uma delas”, R.T. “não encaixa no estereótipo da mulher o que faz com que a sua integração na prisão feminina esteja a ser mais complexa”.. Traduzindo, mantém um visual masculino, de acordo com o seu sexo biológico e já foi apanhado, perdão, apanhada aos beijos no recreio com diferentes presidiárias (vale mesmo a pena ler o artigo).
Disse ainda R.T. à jornalista: “Cada mulher é mulher à sua maneira. Quando estou alegre, tenho uma postura mais feminina. Quando estou menos alegre, tenho uma postura menos feminina. Uma pessoa quando está feliz, alegre, liberta-se, liberta o seu ser”…Um gozo, portanto.
Os homens trans (biologicamente mulheres) estão a ser colocados na prisão de Évora destinada a reclusos que precisam de proteção especial.
E é assim. Não é estranho que tudo aquilo que é contestado e debatido com veemêcia nos outros países, escalpelizado pelos media até à exaustão (recordo a ex-PM escocesa, por exemplo), por cá seja aceite mansamente, sem questionamento dos media e dos “opinion makers” do costume? E onde está a UMAR, a Catarina Furtado, a Paula Cosme Pinto e outras que se armam em feministas?
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