Famílias desfeitas produzem crianças dilaceradas e revoltadas.

Quase a chegar ao fim de mais um ano, num tempo em que tudo está a ficar de pernas p’ró ar, em que ao bom se chama mau e ao mau, bom; nesta sociedade que se diz evoluída, mas que expulsou Deus da sua vida, esta é a triste realidade:

  • Eles tomam Viagra; elas tomam a pílula do dia seguinte.
  • As mulheres convenceram-se de que o bebé que cresce dentro do seu ventre é um apêndice seu, e matam seres humanos indefesos como quem mata baratas.
  • A mãe (ou o pai) não deixa o filho adolescente sair de casa sem verificar se ele leva o indispensável para a noite que vai passar fora – o preservativo.
  • Quando é uma filha, há que a levar ao ginecologista para ele lhe receitar a pílula, não vá o diabo tecê-las.
  • Casamento? Para quê? A não ser que sejam homossexuais, a união de facto é mais simples, não exige compromisso! Por que não acumular experiências com diversos parceiros até encontrar o certo? Afinal… Se amor é fazer sexo, porque não amar intensamente? O sexo tornou-se o desporto favorito desta sociedade.
  • Família? Uma espécie em vias de extinção. O aplauso da sociedade vai para as “famílias” monoparentais e para a adopção de crianças por parceiros do mesmo sexo. O número de casamentos cai em flecha, o de divórcios dispara à mesma velocidade.
  • Crianças são barbaramente arrancadas aos pais – por quem, supostamente, devia acautelar o seu superior interesse – e colocadas em instituições que ganham mais por cada criança do que alguns agregados familiares ganham para sustentar uma família.
  • Na escola, a ideologia de género e a educação sexual são abordadas na maior parte das disciplinas. Satisfação do “eu”, e prazer, são as palavras mágicas – amor, a palavra deturpada. Muito sexo, muito divertimento, e nenhum dever.
  • Confessar-se lgbtqia+ está na moda. É “cool” não ser heterossexual e exigir direitos, nem que, pelo caminho, se atropelem os direitos dos outros.
  • A TV e as redes sociais formatam mentes e conceitos dando aulas gratuitas de toda a sorte de imoralidade.
  • O telemóvel é o animal de estimação de alguns e a família de muitos.
  • As pesquisas dizem que os sites de pornografia, com crianças, na Net, são os mais procurados… Eu pergunto: Será que nenhum dos seus “fregueses” é pai?
  • O trabalho é a prioridade, a família pode esperar. Afinal, o importante é dar “tudo” aos filhos ainda que se lhe negue o mais importante – a presença e o acompanhamento dos pais.

No meio desta sociedade “evoluída” e “moderna”, quem sofre são os filhos. Os progenitores, na sua busca desenfreada por “felicidade”, parecem não se importar com o facto de que todas as separações provocam uma dor profunda no coração das crianças e que as marca para a vida.

Na ânsia de ganhar dinheiro suficiente “para que não lhes falte nada”, os pais demitem-se de exercer o seu papel e entregam os filhos às amas, às creches e às novas tecnologias. Matam-se a trabalhar para lhes dar tudo e, de repente, o casamento morre, a família esfrangalha-se e deixam-nas sem nada… Depois, quais avestruzes, enfiam a cabeça na areia e queixam-se: “Como é possível que haja tanta violência nas escolas?” “Porque é que cada vez mais crianças se metem nas drogas?” “Porque é que os adolescentes são tão ofensivos, malcriados e violentos?”

É urgente reflectir e responder a estas perguntas:

  • Como está a nossa sociedade?
  • Onde está Deus no meio disto tudo?
  • O que é que aconteceu aos valores morais?
  • O que é que entendemos por família?
  • Até que ponto já afundámos?
  • Quantas crianças não conhecem os pais biológicos?
  • Quantas é que são “criadas” por vários substitutos do pai/mãe, enquanto as mães/pais procuram, o parceiro/a certo?