Dignidade, vida e liberdade.

A reflexão sobre os valores que são chamados de conservadores se desenvolve pela compreensão do que eles realmente são e sobre o que dizem que eles são.

É notório o caminhar social no sentido de ridicularizar e ofender todo aquele que defende princípios judaico-cristãos de proteção da dignidade da pessoa humana, de preservação da vida, de defesa da propriedade e da liberdade.

Ocorre que tais pessoas somente o podem fazer, justamente pela liberdade perpetrada por tais valores. O grande paradoxo é que menosprezar princípios judaico-cristãos é justamente ridicularizar a própria liberdade, a própria vida e o próprio fato de ser humano.

Existe uma grande proteção àqueles que defendem e vivem sua fé de maneira firme, exceto quando essa “radicalização” é cristã. Quando a defesa da liberdade e da vida se torna algo a ser ridicularizado, a preocupação deve ser grande.

O problema é que boa parte da sociedade não questiona o que está por trás de cada comentário, de cada posicionamento. Enquanto o discurso é bonito e politicamente correto, está tudo bem. Enquanto há hipocrisia e manipulação das informações e da opinião pública está sempre tudo bem.

E enquanto as palavras são bonitas, inclusivas e acolhedoras, cada um abre mão dos próprios direitos e liberdades por um possível bem comum maior, que no fim, se demonstra mais destruidor do que qualquer ameaça. E ameaça não é algo certo, ameaça é uma promessa de mal futuro, enquanto que a exceção aos direitos fundamentais é real, já é um mal presente.

A quebra da proteção ao direito à vida se torna real, é possível ter autoridade para decidir sobre a vida de outra pessoa que se encontra incapacitada de decidir, é possível definir o que é curável ou não, ainda que haja cura. É possível dissolver do inconsciente coletivo que existem valores e princípios que realmente garantem a vida, a liberdade e a paz.

A mente adormecida não se renova, a mente entorpecida pede sempre mais. E enquanto se perde nos hábitos, enquanto se afunda no que tira a vida, ri de quem a defende. Enquanto fica cada vez mais sem rumo, sem orientação, perdido ao tentar compreender o que acontece, ri de quem percebe.

Enquanto não pensa por si próprio, enquanto não entende o que leva à vida e o que traz a morte, continua a permitir abusos e se cala, continua a ver os próprios direitos violados, e não entende como alguém pode ser tão radical em querer viver livre.  Refletir sobre o que realmente se quer, sobre o que é justo, sobre o que destrói o ser humano vai surpreender a muitos que ainda dormem.

Descobrir quais são os valores conservadores vai trazer compreensão a quem insiste em ridicularizá-los tão somente por influência de outros. Aprender, pensar por si próprio, compreender o que realmente é dito, compreender a verdadeira realidade é um bom caminho para a dignidade, vida e liberdade.