Começo esta história com uma pequena introdução que pretende levar o leitor a reflectir sobre o que é a autoridade dos pais e a obediência dos filhos.
Falamos tanto sobre educação, valores e da importância do papel na família e do papel que a escola desempenha junto dos nossos filhos que se impõe a reflexão, se os filhos devem agradar em primeiro à escola ou serem obedientes aos pais. Qual o nosso papel enquanto pais na vida dos filhos ? O que fazemos contra a desmoralização ? O que estamos dispostos a fazer para preservar a dignidade e de certo modo a inocência das crianças e jovens que são da responsabilidade da família e não do Mundo que se evidencia cada vez mais imoral, cruel, violento e corrupto..
A verdade é que muitos reportam nas redes sociais os casos que conhecem e envolvem crianças e jovens, em situações no mínimo caricatas durante os períodos de aulas. Embora, essas partilhas sejam positivas por permitirem a exteriorização da indignação das famílias sobre tais acontecimentos, melhor seria se a bravura paternal se fizesse sentir junto de quem passa tanto tempo com os nossos filhos e é incumbido de respeitá-los, protegê-los e ajudá-los no seu crescimento intelectual e pessoal.
Posto isto, apenas poderei acrescentar um testemunho que vos poderá elucidar sobre a conduta que a escola impõe aos nossos filhos através de actividades aparentemente ingénuas que mascaram intentos maliciosos.
Segue um testemunho que demonstra concretamente o que poderá suceder numa simples aula de Português em que o protagonista é um aluno do 7º ano:
“Imagina que foste convidado para uma festa de aniversário de um amigo, a qual terá lugar durante todo o fim de semana. No entanto, vais ter teste de Português na segunda às 8.30h. Por este motivo, os teus pais não te deixam ir à festa, pois tens de estudar.
Indica três argumentos para convenceres os teus pais a autorizarem a tua participação na festa do teu amigo.”
Resposta do aluno:
“1º Não questiono as decisões dos meus pais.
2º Quando os meus pais dizem não é não.
3º Os meus pais da mesma forma que não me deixam faltar às aulas só porque me apetece também não têm que ser irresponsáveis em me deixar ir à festa, sabendo que tenho um teste de manhã cedo.”
A minha apreciação é que tendencialmente as pessoas procuram respostas e isso leva-as a questionarem:
– Qual a intenção de tal trabalho?
– Qual a opinião da professora sobre tais respostas?
Poderíamos caracterizar este aluno como um insubordinado ou simplesmente elogiá-lo pela coragem de dizer uma verdade que tem faltado a muitos e censurarmos um sistema impudico que age sorrateiramente para violar um conjunto de artigos da nossa Constituição e se deleita em enlamear as famílias começando sempre o ataque às nossas crianças. Manifestamente é indispensável censurar mas precisamos de assumir a coragem de partilhar com as famílias sobre o que se passa na escola, denunciando o que é danoso mas reter que não se trata de ataques contra a escola mas sim contra as sucessivas imposições políticas que são elaboradas para tudo consentirmos. A escola foi criada para os filhos que se encontram salvaguardados pelo Direito à Educação. Ou seja, os pais devem fazer parte da escola porque sem pais não existem alunos e portanto não seriam necessárias escolas.
Deixo uma sugestão aos pais, envolvam-se nas actividades dos vossos filhos, acompanhem regularmente os seus trabalhos e confrontem-nos com questões adaptadas às suas idades que os fortaleçam e protejam do Mundo.
Artigo 36º (Família, casamento e filiação)
5. “Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos”.
Na minha modesta opinião, concluo que os filhos devem obediência e respeito pelos seus pais não argumentando ou discutindo as suas decisões. É necessário que os filhos vivam mentalizados disso para viverem positivamente em sociedade. Os pais são primeiro que o Estado!