Quando o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi criado no Canadá, a linguagem de género-neutro tornou-se legalmente obrigatória. Essa “novilíngua” proclama que é discriminatório assumir que um ser humano possa ser masculino ou feminino, ou mesmo heterossexual. Então, para ser inclusivo, toda uma nova linguagem de género-neutro passou a ser usada pelos média, pelo governo, no ambiente de trabalho, e especialmente nas escolas que querem evitar a todo custo ser recriminadas como ignorantes, homofóbicas ou discriminatórias. Um curriculum especial está a ser usado em muitas escolas para ensinar aos alunos como usar apropriadamente a linguagem do género-neutro. Sem o conhecimento de muitos pais, o uso de termos que descrevem marido e esposa, pai e mãe, dia do pai e da mãe, e mesmo “ele” e “ela” estão a ser radicalmente erradicados das escolas no Canadá. Qualquer empresário que não tenha a sua consciência alinhada com as decisões do governo acerca da orientação sexual e as suas leis de não-discriminação de género, não terá permissão de gerir as suas práticas profissionais de acordo com as suas próprias convicções.
No fim de contas, é o Estado que dita o quê, e como, é que os cidadãos se podem expressar. A liberdade para pensar sobre o casamento ser entre um homem e uma mulher, família e sexualidade, é restrita. A grande maioria das comunidades de fé tornaram-se “politicamente correctas” a fim de evitar multas e apreensões do seu status caritativo. A mídia está restrita pela Comissão Canadiana de Rádio, Televisão e Telecomunicações. Se os órgãos de comunicação social publicam qualquer coisa considerada discriminatória, as suas licenças podem ser revogadas, podem ser multados e sofrer restrições de novas publicações no futuro.
Um exemplo de restrição e punição legal sobre opiniões discordantes a respeito da homossexualidade, no Canadá, envolveu o “Case of Bill Whatcott”, que foi preso por “discurso de ódio” em Abril de 2014, depois de distribuir panfletos com críticas ao comportamento homossexual.
Independentemente de concordarmos, ou não, com o que Bill Whatcott disse, deveríamos ficar horrorizados com este acto de sanção estatal. Livros, DVDs e outros materiais também podem ser confiscados nas fronteiras do Canadá se o seu conteúdo for considerado “odioso”.
Depois das leis que aprovaram o “casamento” gay e a adopção ou co-adopção por pares do mesmo sexo serem aprovadas no nosso país, precisámos preparar-nos para o mesmo tipo de vigilância estatal quando o Supremo Tribunal decidiu legislar e banir o casamento – só entre um homem e uma mulher – como uma instituição criada por Deus. Isso significa que, não importa o que acreditemos, o governo terá toda a liberdade para regular as nossas opiniões, o que escrevemos, as nossas associações e até para decidir se poderemos, ou não, expressar a nossa consciência. É urgente entendermos que a meta final dos activistas do movimento LGBT envolve um poder centralizado e estatal — e o fim das liberdades previstas na constituição.”
Dawn Stefanowicz é autora e palestrante internacional. Ela foi criada por pais homossexuais, e foi
ouvida pela Suprema Corte Norte Americana. Ela é membro do Comitê Internacional de Direito
Infantil. Seu livro: Out from Under: O impacto da paternidade homossexual, está disponível em
http://www.dawnstefanowicz.org/
Li este testemunho há alguns anos e partilhei-o no meu livro “Todas as coisas me são lícitas…” que reeditei com outro título “”Órfãos” de pais vivos”:
Se está a abanar a cabeça e a dizer: “Isso é no Canadá! Por cá, nunca será assim.”, lamento dizer-lhe que JÁ É! O artigo de opinião do José Gonçalves, publicado no dia 12 de Fevereiro de 2018, “A nova gramática do fascismo”, deu conta do início da imposição deste absurdo no nosso país e o Despacho 7247/2019 veio efectivá-lo.
Se continuarmos calados, todos, juntamente, seremos severamente castigados e voltaremos a viver numa ditadura, que até a gramática pretende mudar para nos obrigar a pensar e falar de acordo com as suas próprias convicções ou ideologias.
Quando editei o livro todos achavam que esta ideologia – a ideologia de género – jamais chegaria ao nosso país, mas passados três anos… Ela está aí e promete tirar-nos a liberdade e a identidade.