Sim. É mesmo isso. Aliás, a colunista do Observador, Margarida Bentes Penedo, já nos tinha dado conta das intenções socialistas ao citar as palavras do chefe de gabinete do ministro João Marques da Costa e representante enviado pelo Ministério da Educação, Jorge Sarmento Morais: «O papel da escola é retirar as crianças à família para as fazer crescer na comunidade.»
Assim, galgando mais alguns passos nesse sentido, no dia 7 de Dezembro, antes que chegue ao fim o reinado da maioria PS que tem vindo a mergulhar Portugal no abismo das políticas lgbtetc., anti-família, aborto, eutanásia e pró-mutilação genital, o PS & CIA vão aprovar, na especialidade, o Projecto de Lei nº 332/XV, do PS, já com a inclusão do Texto de substituição relativo ao «Projecto de Lei n.º 21/XV/1.ª (PAN), ao Projeto de Lei nº 332/XV (PS) e ao Projeto de Lei n.º 359/XV/1.ª (BE), que estabelece o quadro para a emissão das medidas administrativas que as escolas devem adoptar para efeitos da implementação da Lei n.º 38/2018, de 7 de Agosto.» Esta lei nefasta entrará em vigor no dia a seguir à sua publicação em Diário da República e os pais precisam de saber quais são as consequências disso uma vez que a lei não se limita à Escola, mas entra na casa de cada um.
Sim. A lei salta os muros da Escola, entra nos lares, promete voltar os filhos contra os pais e envolver a CPCJ, que agirá no sentido de forçar os pais a aceitarem a lavagem cerebral de que o filho foi alvo e a apoiar incondicionalmente as decisões de uma criança, adolescente ou jovem -que não tem maturidade para tirar carta de condução, votar, comprar bebidas alcoólicas, decidir abandonar a escola, para trabalhar, ou recusar-se a frequentar a disciplina de cidadania – mas pode tomar a decisão IRREVERSÍVEL de mudar de sexo.
No Artigo 4.º Mecanismos de deteção e intervenção, na alínea 4, a lei determina: «Qualquer situação de assédio ou de prática de atos lesivos do bem-estar e do desenvolvimento saudável de estudante menor, ou de omissão do comportamento devido para os evitar, praticada dentro ou fora do espaço da escola, derivada da manifestação ou perceção de identidade ou expressão de género que não corresponde ao sexo atribuído à nascença, deve ser comunicada à comissão de proteção de crianças e jovens territorialmente competente.»
Antes de mais, e depois de reiterar que o sexo não é atribuído à nascença, mas sim constactado, precisamos lembrar-nos que que o modus operandi da sinistra (esquerda, em italiano) passa por convencer o povo de que tudo o que faz é para o bem do povo e felicidade geral da nação. Por isso, não nos deixemos comover pela primeira parte do artigo, pois não passa de um mecanismo para nos levar a acreditar que o socialismo está muito preocupado com o bem-estar de todos nós, quando, na verdade, está a ameaçar, coagir e silenciar todos aqueles que não dobram os seus joelhos à ideologia do Estado.
Posto isto, sou absolutamente contra qualquer forma de assédio ou prática de actos lesivos contra quem quer que seja, mas, não me esqueço de que, para corromper o indivíduo basta ensiná-lo a chamar direitos aos seus desejos pessoais e abusos aos direitos alheios.
Não nos iludamos. O que o PS & CIA acabam por nos impor é isto: dentro do espaço da escola, ai do professor, funcionário ou aluno que se atreva a não obedecer cegamente às exigências do menor LGBTQQIP2SAA+ e não lhe bata palmas por ser tão corajoso; fora do espaço da escola, qualquer leviandade dos pais em não aceitar a autodeterminação de género do filho menor, incutida e apreendida na escola e nas redes sociais, pode ser punida com a retirada do filho, que será aconselhado pelos influencers a denunciar os pais “opressores” e “transfóbicos” caso estes não aceitem imediatamente a nova identidade do petiz e não lhe permitam começar imediatamente a bloquear a puberdade (dos 8 aos 13 anos), a tomar hormonas do outro sexo (oficialmente, dos 16 anos até ao fim da vida) e a amputar órgãos saudáveis do corpo (a partir dos 16 anos).
Esta ideia, absolutamente ideológica e que agora nos passa a ser imposta por meio da lei, de que as crianças/adolescentes podem auto-diagnosticar que são do outro sexo – sem qualquer acompanhamento médico especializado (agora designado como terapias da conversão e também proibido pelos partidos de esquerda) – e submeterem-se à dependência de drogas para o resto da vida, à remoção do útero e dos ovários, a duplas mastectomias e à mutilação genital, é um desvio total do protocolo médico normal.
Infelizmente, talvez o maior risco de todos para a criança/adolescente que se apega a essa identidade diferente, tão na moda e até com uma bandeira própria, como se fosse a bóia de salvação que ela espera que a salve, seja também o mais devastador e trágico, pois, um dia, à semelhança do que já acontece com milhares de jovens adultos, um pouco por todo o Ocidente, essa criança/adolescente vai acordar sem mamas e sem útero, ou sem pénis, e vai gritar: o que é que me deixaram fazer? Como é que permitiram que eu tomasse decisões irreversíveis, quando não tinha qualquer maturidade para as tomar? Porque é que não me impediram? Como é que consentiram em intervenções cirúrgicas que acabaram com o funcionamento biológico normal e saudável do meu corpo?
Voltando ao canto do cisne da maioria socialista, que antes de cessar funções se apressa em impor a ideologia do género às escolas e às famílias, creio que já não há dúvidas de que a ideologia do género é parte da agenda das esquerdas e que, mesmo antes de ter esta lei aprovada na especialidade, já era imposta na pré-primária, no ensino básico e no secundário para promover pontos de vista politizados sobre conceitos como orientação sexual e a identidade de género.
Por isso, a pergunta é: E agora? O que é que os pais podem fazer para proteger os seus filhos, sem serem acusados de transfobia e sem verem a CPCJ a retirar-lhes os filhos?
Os pais precisam de saber que não há nenhuma lei, aprovada por qualquer governo, que possa sobrepor-se à Constituição da República Portuguesa, violando-a, e que esta lhes garante alguns direitos fundamentais. Precisam de saber que é à família que compete educar. Educar para a cidadania é direito e dever dos pais. A educação dos filhos dos cidadãos não é da alçada do Estado. É na família, e não no Estado, que a vida em sociedade se inicia e o Estado não pode continuar a agir como se desconfiasse das famílias e mandasse nelas e na educação familiar dos filhos, em vez de as respeitar, proteger e promover, de acordo com vários artigos da Constituição da República Portuguesa.
Assim, protegidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição da República Portuguesa:
- Os pais devem apoiar políticas que responsabilizem legalmente os funcionários da escola que se envolvam, à revelia dos pais, na transição social de um aluno que, supostamente, sofre de disforia de género. As escolas não devem utilizar políticas afirmativas do género nem manter um segundo conjunto de ficheiros confidenciais (que, por exemplo, ocultam dos pais o nome pelo qual o aluno insiste em ser tratado na escola), nem devem utilizar pronomes ou nomes que não correspondam ao sexo do aluno sem o consentimento dos pais;
- Os pais precisam contestar estas políticas e começar a instaurar processos judiciais contra as direcções das escolas e contra os docentes, que se negam a respeitar os seus direitos e usurpam o lugar que lhes pertence por direito;
- Os pais devem ter direito a escolher que os seus filhos tenham a opção de participar, ou não, em qualquer conteúdo relacionado com sexo, orientação sexual e identidade de género;
- Os pais devem ter a opção de permitir, ou não, que os seus filhos sejam obrigados a fazer parte do proposto no Artigo 3.º (a ser aprovado no dia 07-12, mas já em vigor em muitas escolas) cujo título enganoso é: Prevenção e promoção da não discriminação e que determina que a escola promova «sempre que possível em articulação com coletivos LGBTIQ+, ações de informação e sensibilização dirigidas às crianças e jovens», pois a educaçãos dos seus filhos não é da competência de quaisquer associações ou entidades externas à família;
- Os pais devem poder obter aconselhamento para os seus filhos que se auto-determinem do outro sexo, sem serem punidos por isso e sem que o profissional de saúde seja obrigado a afirmar a confusão sexual do menor;
- Os pais devem procurar a transparência e exercer vigorosamente o seu direito de rever antecipadamente todos os currículos e os materiais de instrução e formação de professores (impressos ou on-line);
- Os pais também devem encorajar os seus filhos a informá-los de quaisquer lições, conversas ou actividades que entrem em conflito com os seus valores e crenças familiares, sem que a escola e outras entidades instruam os alunos no sentido de não contarem nada aos pais;
- Todos os pais devem ter a possibilidade de escolher, para os seus filhos, uma educação livre de conteúdos sexuais explícitos, da promoção do aborto e de ideias politizadas sobre orientação sexual e identidade de género, que podem não estar de acordo com os seus valores morais ou religiosos;
- Os pais podem defender políticas públicas que tratem os programas de educação sexual como opcionais e que prevejam a exclusão de outros tópicos sensíveis;
- Os pais também podem defender políticas que garantam o seu direito a rever todos os materiais educativos, pois há cada vez mais escolas a negar isso aos encarregados de educação.
Finalmente, «compete aos pais, no interesse dos filhos, velar pela segurança e saúde destes, prover ao seu sustento, dirigir a sua educação, representá-los, ainda que nascituros, e administrar os seus bens. […] Os filhos devem obediência aos pais; estes, porém, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nos assuntos familiares importantes e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.» (Artº 1878.º do Código Civil)
A maioria socialista tem vindo a desobedecer, acintosamente, ao artigo acima mencionado bem como aos artigos 13.º, 24.º e 26.º, da Constituição da República Portuguesa, pois, desde tenra idade, em ambiente escolar, impõe e promove a ideologia onde o mais forte (o adulto) impera sobre os mais débeis (as crianças) (art.º 43 da C.R.P.), não respeita especialmente, em ambiente Escolar, as diferentes sensibilidades filosóficas, religiosas ou morais dos alunos, impondo a Ideologia do Regime, de forma transversal e, ocultada aos verdadeiros educadores (os pais) (art.º 41 e 43 da C.R.P. e art.º 7 da lei Bases S. Educativo), nem respeita o direito à intimidade (pessoal e familiar) ao Livre desenvolvimento da personalidade, à cidadania livre e responsável de todos os cidadãos (art.º 26 da C.R.P.).
Os pais não podem permitir que a maioria socialista continue a sujeitá-los a ideologias perversas e a expropriá-los da educação dos seus filhos.
É HORA DOS PAIS!