A destruição da infância

Como a educação sexual é um meio para perverter o ensino nas escolas do país.

A Educação Sexual para crianças e jovens, ao contrário do que se costuma dizer no círculo das classes falantes, não é um método para discutir tabus, nem sequer informar a juventude sobre riscos de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) ou gravidezes indesejadas. O foco principal da Educação Sexual (ES) é estimular um novo padrão de comportamento baseado no perfil desejado por ONGs e fundações internacionais, padrões esses adotados nos vários guias para a ES, nomeadamente, os cadernos PRESSE ( https://www.presse.com.pt/).

O Conselho de Informação e Educação Sexual dos Estados Unidos (Siecus – https://siecus.org/resources/the-guidelines/ ), grande colaborador no que concerne à produção de material para estes assuntos, faz uma clara apologia no seu site de práticas como “masturbação”, “aborto” e “materiais pornográficos”. Coisas do género são vistas como direitos sexuais e o público-alvo do guia vai desde o pré-escolar ao secundário.

A IPPF-  International Planned Parenthood Federation, uma organização não governamental global com os objetivos amplos de promover a saúde sexual e reprodutiva e defender o direito dos indivíduos de fazerem as suas próprias escolhas no planeamento familiar, validada pela UNESCO (https://healtheducationresources.unesco.org/pt-pt/library/documents/sexual-rightsan-ippf-declaration) é constituída por 150 associações e parceiros colaborativos e encontra-se em mais de 146 países. De salientar que a APF – Associação de Planeamento Familiar, é membro e segue as diretrizes da IPPF ( https://www.ippf.org/about-us/member-associations/portugal).

No seu Kit-Guia para a CSE (Comprehensive Sexuality Eduaction) refere, na página 3, e numa abordagem sexualmente positiva na CSE, reconhece que todas as pessoas são seres sexuais com direitos sexuais, independentemente de sua idade, sexo, religião, orientação sexual, status de HIV ou (deficiência). “A positividade sexual é uma atitude que celebra a sexualidade como uma parte melhoradora da vida que traz felicidade, energia e celebração. As abordagens positivas em relação ao sexo esforçam-se por alcançar experiências ideais, em vez de apenas trabalhar para evitar experiências negativas. Ao mesmo tempo, reconhecem e abordam as várias preocupações e riscos associados à sexualidade sem reforçar o medo, a vergonha ou o tabu da vida sexual dos jovens e desigualdade de género”. https://www.ippf.org/sites/default/files/2018-03/IPPF%20Deliver%20and%20Enable%20-%20CSE%20Toolkit.pdf.

Dentro dos materiais, destacamos alguns exemplos que estão a ser aplicados nas escolas dos EUA do programa “Making a difference” enquadrado no CSE ( https://www.comprehensivesexualityeducation.org/wp-content/uploads/Curriculum-Examples.pdf):

As respostas podem incluir: sexo oral; carícias; danças; masturbação; conversas; abraços; beijos; fantasias sexuais; sexo anal; massagens; dar as mãos; abraços no sofá; tocar os órgãos genitais um do outro, relações vaginais; dizer “Eu gosto de ti”, sendo que os promotores devem certificar-se de que os participantes entendam a definição de relação sexual vaginal, sexo oral, sexo anal e masturbação; relações vaginais ou relações sexuais significam o pénis de um homem na vagina de uma mulher; sexo oral significa a boca de uma pessoa nos genitais de outra pessoa; Sexo anal significa o pénis de um homem no anus de outra pessoa, reto ou por trás; masturbação significa esfregar, acariciar ou“brincar com” os próprios genitais ou “brincar com” genitais de outra pessoa.

Numa outra atividade, ensina-se o uso do preservativo.

Promiscuidade não é Prevenção.

Relativamente à Associação de Planeamento Familiar (APF), como já referido, segue as linhas orientadoras da IPPF (https://apf.pt/wp-content/uploads/2022/04/direitos_sexuais_ippf.pdf) . Um pequeno exemplo, de entre muitos, do programa Gender ABC “Direito à Saúde Sexual e Reprodutiva”, alunos do 3º ciclo, ou seja a partir dos 12 anos, deverão ficar a saber: https://www.endfgm.eu/editor/files/2020/01/11.pdf.

Ao contrário do que dizem os promotores deste tipo de educação, o ensino da sexualidade, da forma como nós, apelidados de conservadores, transmitimos, não está radicado em “crenças religiosas ultrapassadas”, mas na própria razão humana.

A família é a primeira escola de valores da criança e é por isso que devemos, cada vez mais, não permitir que seja o Estado e outras entidades a tomarem para si a responsabilidade da educação dos nossos filhos, caso contrário, abre-se espaço para uma educação cada vez mais apelativa e promotora de comportamentos sexuais absurdos.

Até quando a maioria dos pais e/ou encarregados de educação vão continuar a negar as evidências?

Muitos destes programas são feitos à revelia e desconhecimento dos pais, assim, urge que cada um exija às escolas que informe qual o programa curricular previsto para o ano letivo, assim como, todas as atividades extracurriculares previstas.

É da responsabilidade dos pais educarem os seus filhos e promoverem uma recta compreensão da dignidade humana.

Autora: Lígia Albuquerque (associada)